OLHAR RUBRO-NEGRO
Impressões pós-recesso
Por Jornalista l [email protected]
Após 36 dias sem atuar, por conta da parada do Brasileirão durante a Copa do Mundo, havia a expectativa de como o Vitória retornaria à ação. Pairava no ar a torcida por um futebol melhor que o apresentado nas 12 rodadas iniciais, mantendo o Leão a maior parte desse tempo na zona de rebaixamento. O rendimento melhor ainda não foi percebido contra o Paraná Clube. A atuação foi opaca e, embora o adversário não tenha ameaçado mais seriamente, o resultado ficou em aberto até o final. Mas, considerando que o importante mesmo é vencer ao enfrentar oponentes diretos na briga contra o Z-4, o objetivo foi cumprido. Faltam 30 pontos.
A esperança dos rubro-negros por dias mais frutíferos reside, principalmente, na reformulação promovida no elenco. Não que tenham sido contratados suprassumos do futebol. A questão é que toda mudança traz embutida em si o anseio por melhorias. Das novas caras, apenas uma se mostrou diante do Paraná, a de Arouca. A carência do torcedor do Vitória é tão grande nos últimos anos, que até uma atuação discreta como a apresentada pelo volante é louvada. Mesmo sem ritmo de jogo, não comprometeu. Se jogar metade do produzido nos áureos tempos do Santos, no início dessa década, já estará bom.
Mas a curiosidade maior está depositada no combo de gringos. Confesso não lembrar atuações marcantes desses estrangeiros. Recordo, sim, do irmão mais velho de Walter Bou, Gustavo Bou, artilheiro da Libertadores de 2015 e atualmente no futebol mexicano. Por isso, acho sensato aguardar para avaliar melhor. Não faço como parte de nossa torcida, que antecipa o selo de boa qualidade a determinados atletas pelo simples fato de virem do exterior, notadamente da Argentina. Alguns fiascos importados recentes me deixaram escaldado. O desejo, claro, é que contribuam para a equipe.
Sobre o triunfo contra os paranaenses, louvo a disposição do Vitória. Vontade, de fato, não faltou. O time fez um primeiro tempo melhor que o segundo, mereceu vencer e praticamente não correu riscos na defesa. Por outro lado, tive a impressão que poderemos ter maiores problemas quando enfrentarmos adversários mais qualificados. Esse Paraná, sinceramente, é nome cotadíssimo para o rebaixamento.
Além de Arouca, gostei da atuação de Luan. É preciso parar com a mania de tachar o jovem jogador de ‘pérola da base’ e criar expectativas demasiadas. Deixa o cara jogar tranquilo, que seu reconhecido talento emergirá de modo natural. Numa era de futebol burocrático, tal qual apresentado pela maior parte das seleções na Rússia, seu jogo vertical é algo diferenciado. Com sequência de partidas e sem tantas cobranças, ele vai despontar.
Domingo, teremos pela frente mais um adversário direto contra o Z-4. Os mesmos três pontos do jogo anterior estarão em disputa na Fonte Nova. Porém, é diferente, é Ba-Vi. Ainda bem que Mancini já deixou clara a natureza da partida. Sair-se bem no clássico é um impulso incomparável para o Vitória, quem sabe, vislumbrar um objetivo nesse Campeonato Brasileiro mais além que a simples luta contra a degola.
Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!
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