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OLHAR RUBRO-NEGRO

Nem tudo é relativo

Por Jornalista l [email protected]

13/04/2018 - 7:44 h

Verdades absolutas podem ser enganosas. Assim como o chamado senso comum. Por outro lado, a relativização de tudo também é perigosa. Caímos na esparrela de ponderar o óbvio, procurando razões para explicar de outra forma aquilo que, muitas vezes, está claro. Vejo o Vitória um pouco imerso nesse dilema. Estamos procurando justificativa para todos nossos erros na temporada, em lugar de buscar soluções para corrigi-los.

Vamos começar pela perda do Baianão. Vi um rosário de desculpas extracampo para tentar amenizar a derrota. Quase todas alegando as consequências negativas do vexame do primeiro clássico, com as suspensões de quatro titulares expulsos naquela ocasião. Todos os envolvidos foram culpados, incluindo o Vitória. O oponente montou a armadilha, criando o ambiente de discórdia que resultou numa briga na qual apenas seus reservas entraram. O Rubro-Negro errou ao figurar como o trouxa da história. Perdeu jogadores que fizeram falta nas finais, perdeu o treinador e ganhou má fama. Faltou o gerenciamento da crise antes dela ganhar corpo.

Dá para relativizar a perda do título? Sim, claro. Basta lamentar a ausência dos suspensos, de outras opções contundidas, da evidente má vontade dos auditores do TJD (alguns deles sócios do rival) e até os erros de arbitragem do jogo de ida. Porém, analisando apenas a bola rolando, o outro lado foi superior nas duas partidas. Portanto, foi merecedor. Procurar pelo em ovo de galinha e ficar com mi-mi-mi, como o adversário procedeu nos nossos títulos de 2016 e 2017, não leva a bom lugar.

Aí chegamos ao jogo diante do Inter, quando dois personagens chamaram a atenção, também por esse fenômeno da relativização. O primeiro é Caíque. A falha que custou a derrota não chega a ser surpresa. Depois de brilhar em clássicos em 2016, não recordo uma boa atuação do goleiro pelo Leão. A posição requer segurança, tranquilidade e certa dose de discrição. Ele transmite justamente características opostas durante as partidas. Infelizmente, ficamos sempre à espera do pior. Sim, ele é jovem e mostrou valor naqueles Ba-Vis. Sim, a torcida do Vitória não tem paciência com pratas-da-casa. Mas aí é o inferno de tornar tudo relativo e encobrir o fato de que, caso renove contrato, o melhor seria o empréstimo a outro time para ganhar cancha e, talvez, voltar melhor.

O outro personagem do jogo foi Mancini. Sua ligação histórica com o clube é clara. Essa trajetória positiva tem sido a fiadora de críticas contra maus momentos, como o atual. Respeito muito o trabalho de um treinador. Por estar no dia a dia, é ele quem melhor conhece o estágio em que se encontra o atleta e as razões para escalá-lo ou não. Mas não vou relativizar. A derrota contra o Inter e a pouca evolução do time também caem em sua conta, por equívocos em escolhas táticas e de peças. Por que Juninho não ocupa a lateral esquerda, abrindo vaga para um meia de origem? Por que Rodrigo Andrade não joga em sua posição? Por que não foi colocado um jogador mais ofensivo na etapa final no Beira-Rio para renovar o ataque inoperante? Perguntas que muitos torcedores estão se fazendo.

Pior que a falha de Caíque foi o Vitória ter abdicado de atacar durante todo o segundo tempo, sendo amassado na defesa por um Inter limitado. Terminamos o jogo com três zagueiros e três volantes, que não impediram o trágico sistema defensivo de ser vazado mais uma vez. Os problemas se repetem em série. Desde 2015, não temos um time competitivo. É o caso de encontrar soluções, porque de desculpas estamos fartos.

Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!

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