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OLHAR RUBRO-NEGRO

O boi e o mosquito

Por Jornalista l [email protected]

25/03/2016 - 7:21 h | Atualizada em 25/03/2016 - 17:10
Fla de Guanambi x Vitória_Baianão
Fla de Guanambi x Vitória_Baianão -

Diz o velho adágio popular de que tem gente que engole um boi, mas se engasga com um mosquito é batido no meio do futebol. No entanto, é a figura de linguagem que me ocorre para ilustrar o ocorrido com o Vitória antes e depois do clássico. Diante do principal oponente e, em tese, mais duro teste da temporada, vimos um futebol aplicado, eficiente e digno de elogios. No duelo seguinte, já na fase de mata-mata do estadual, a volta à rotina de más apresentações em 2016.

Assim ocorre com outros times. Não é exclusividade do Vitória jogar com motivações variáveis, dependendo do adversário. Creio que um jogador do Flamengo, por exemplo, tem disposição bem distinta se enfrenta o Bangu, em Moça Bonita, ou o Fluminense, num Maracanã lotado. Pensando bem, deve ser natural na maioria das profissões.

Leiam com calma. Falo não de seriedade profissional, que precisa ser onipresente, mas de motivação. A cobertura de um domingo de praia lotada e a entrevista coletiva do Papa certamente despertam diferentes reações em um jornalista, assim como deve ocorrer com um mesmo enfermeiro que atende um paciente com resfriado e outro com fratura exposta.

Honestamente, o Vitória não teve em Guanambi o mesmo nível de concentração demonstrado no Ba-Vi. No clássico, a entrega e dedicação dos jogadores foram visíveis. Já na partida de ida das quartas-de-final, o time ficou devendo e se permitiu ser derrotado por um adversário inferior tecnicamente. O fenômeno de tirar o pé do acelerador após o sucesso no clássico ocorreu diversas outras vezes com o rubro-negro em edições passadas do Campeonato Baiano. Listo algumas a seguir.

Em 1994, após aplicar 4x0 na fase classificatória e eliminar o rival nas semifinais com um empate e uma dramática vitória no finalzinho (golaço de Alex Alves), o Leão perdeu o primeiro turno para o Camaçari, em um triangular que ainda teve o Jequié. Os pontos desperdiçados foram determinantes para a perda do estadual no triangular final.

Mais adiante, em 2001, o Vitória bateu o arquirrival duas vezes na fase de classificação. Entretanto, esbarrou nas semifinais com o Juazeiro e sequer esteve na decisão. Cinco anos depois, o Vitória eliminou o rival do campeonato, ao despachá-lo nas semifinais do segundo turno. Mas posteriormente perdeu duas vezes para o Colo-Colo, que levantou a taça por já haver vencido o primeiro turno.

O mais inacreditável viria em 2011. Depois de eliminar o tradicional adversário nas semifinais, o Vitória era franco favorito para ganhar o inédito penta estadual na final contra o Bahia de Feira. Porém, nem mesmo a vantagem de jogar pelo empate, tendo até saído na frente do marcador no jogo de volta, bastou. Virada e título para o interior.

Renato Cajá, Escudero e Biancucchi barbarizaram na inauguração da Arena Fonte Nova, em 2013, com um humilhante 5x1 no clássico. Seis dias depois, o Vitória conseguiu a proeza de perder para o Botafogo, por 1x0, no mesmo estádio.

Os motivos dos altos e baixo são muitos. Desconcentração, falta de motivação, perda de foco pela apresentação festiva de reforços na véspera, síndrome de Robin Hood, enfim, chamem do que quiser. O que se impõe é que o Vitória jogue para longe essa má fama e cumpra a obrigação de passar de fase, sob pena de não se classificar para o Nordestão pelo segundo ano seguido. Sim, obrigação. Mesmo sabendo que são onze contra onze e que há um adversário com objetivos próprios, não há como encarar de outra maneira a partida de amanhã.

Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!

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