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OLHAR RUBRO-NEGRO

Porta sem tramela

Jornalista l olharrubronegro@gmail.com

Por Jornalista l [email protected]

02/09/2016 - 7:05 h
Coritiba x Vitória_Sul-Americana
Coritiba x Vitória_Sul-Americana -

Toda unanimidade é burra e as verdades absolutas são perigosas. Mas algumas situações são inexoráveis. A cada 75 ou 76 anos, o Cometa Halley se aproxima da Terra. Candidatos chegarão aos locais de prova do ENEM com o portão acabando de ser fechado, rendendo chororô injustificado para as câmeras de TV. O PMDB sempre estará no governo federal, seja quem for o detentor do poder. A defesa do Vitória sofrerá gol na maioria dos jogos.

Em 2016, o Leão jogou 43 vezes, incluindo o amistoso contra os chineses do Tianjin Quanjian. Somente em nove partidas o time não teve sua defesa vazada. Ressalte-se que seis delas foram no modesto estadual. Dos três jogos restantes sem sofrer gols, um foi pela Copa do Brasil (contra a Portuguesa) e dois na Série A (1x0 sobre o Inter e 0x0 com o Fluminense). O trágico resumo é que nossos goleiros buscaram bolas em suas metas em quase 80% das partidas. Assustador.

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Diante de realidade quase inevitável, portanto, foi temerária demais, para não dizer suicida, a estratégia de segurar o resultado desde o início do jogo contra o Coritiba, pela Copa Sul-Americana. A tradicional fragilidade defensiva do Vitória, exacerbada esse ano, deixa a clara impressão de que o gol adversário está prestes a sair. De tanto sofrer martelada, uma hora a casa rubro-negra termina por ser arrombada. Não deu outra.

Não adiantou a boa intenção de resguardar o meio de campo com três volantes. No gol que custou a eliminação ficou claro que quantidade não é qualidade. Sete rubro-negros estavam posicionados entre a risca da grande área e a meia-lua, contra dois paranaenses. Após Juan não ser contido por três marcadores, a bola chegou ao disparo fatal de Iago, sem qualquer incômodo. Só cercar não adianta. Tampouco cometer faltas aos quilos. É preciso efetividade na marcação, algo que não apresentamos.

Ter atuado um longo período na imprensa me proporcionou ricas experiências nos bastidores. Numa delas, envolvendo esse tema, foi em um bate-papo com o saudoso companheiro de profissão, José Carlos Mesquita. Falou que em uma conversa com Toninho Cerezzo, durante a campanha rubro-negra na Série A de 1999, perguntou por que o time era tão ofensivo e não resguardava mais a defesa. A resposta foi cômica: "Pô, Mesquitinha! Eu olho pra minha defesa e vejo de um lado o Pedro Paulo, do outro o Elói. Claro que eu vou tomar gols, né! Então, eu tenho que atacar"...

Eis o xis da questão. O Vitória não consegue corrigir o mal histórico de possuir defesas extremamente vulneráveis. Entra temporada, sai temporada e a rotina de figurar entre as equipes mais vazadas das competições nacionais é mantida. No aludido ano de 1999, mesmo sendo 3º lugar do Brasileirão, acabamos com saldo de gols negativo. Na edição atual da Série A, só três times levaram mais gols. É a confirmação de uma tendência.

Não enxergo um trabalho de base na formação de zagueiros, laterais e volantes mais qualificados. Pode até existir um esforço nesse sentido, mas o produto final não rende. Da mesma forma, não vejo a preocupação da direção em fortalecer o setor. Com certeza, desconhecem um dito famoso atribuído a Phil Jackson, campeão da NBA como jogador e técnico de basquete. Já citei nessa coluna, mas vale o bis: "Ataques ganham jogos, defesas ganham campeonatos".

Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!

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