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OLHAR RUBRO-NEGRO

Um clássico pela metade

Por Jornalista l [email protected]

28/04/2017 - 22:01 h

Cresci vendo meu Vitória da torcida mista na velha Fonte Nova. Achava natural a gozação sadia entre rubro-negros e tricolores. A maioria dos meus melhores amigos torce para o rival. Um deles é meu amigo-irmão Roberto Perazzzo Filho, com quem produzi trabalho de conclusão de curso na Faculdade de Jornalismo da UFBA, um vídeo chamado “Ba-Vi: a rivalidade civilizada”. Isso lá em 1999, quando ainda não havia barbárie no futebol baiano, protagonizada por marginais uniformizados. Por tudo isso, foi estranho e triste demais ver um clássico com torcida única, ontem, no Barradão. O Vitória ganhou, ótimo. Porém, não abafou em mim um sentimento amargo de derrota coletiva.

O clima de animosidade entre os principais grupos que representam cada um dos lados, que se autodenominam torcidas organizadas e foram responsáveis por essa decisão estapafúrdia e improdutiva, foi transferido para o campo. Um 1º tempo quente e pegado, em grau mais elevado que o que acontece normalmente em partidas desse tipo.

A chuvarada e o grito da torcida fizeram o Vitória partir para cima na base da empolgação. Só que na primeira chegada do rival, saiu o gol. Mesma falha de posicionamento em escanteio, que valeu o primeiro gol do Paraná, no jogo de ida da Copa do Brasil. O Vitória acusou o golpe e esmoreceu. O nervosismo tomou conta e as jogadas ríspidas começaram a rolar a torto e a direito.

Em uma delas, ocorreu o lance que mudaria o ritmo do Ba-Vi. Hernane deu uma brocada no meio de David e levou o amarelo. Curiosamente, foi o atacante da equipe visitante que acabou se machucando de forma grave, tendo que sair de campo. Seu substituto, Gustavo, durou pouco em campo. Em mais uma dividida forte, largou o cotovelo no rosto de Kanu e levou o vermelho. Critério do apitador, que deveria expulsar mais jogadores por lances parecidos.

Apesar de ter um a mais na metade do primeiro tempo, o Vitória demorou a fazer valer sua superioridade numérica e, incrivelmente, quase tomou o segundo em contra-ataque. Desorganizado e tenso, não chegava com perigo. Só que a sorte sorriu. Em um lance no qual André Lima não dominou um passe, a bola espirrou e sobrou limpinha para Euller cabecear sobre o goleiro rival.

Antes do final do primeiro tempo, dois belos chutes de cada lado explodiram nas traves. Mas o lado feio voltou a prevalecer no intervalo, a caminho dos vestiários. Muita zoada, pressão sobre a arbitragem e bate-boca entre os jogadores. A falta de melhor categoria dos atletas de ambos os lados gera outros tipos de atitude para chamar a atenção, como discussões estéreis dessa natureza.

O 2º tempo começou da melhor forma possível para o Vitória, com o gol da virada chegando cedo. Fred sofreu pênalti não marcado, que acabou compensado com o arremate certeiro de André Lima. Gol do alívio, pero no mucho. Ampliar a vantagem era essencial para a partida de volta, devido ao gol qualificado do visitante no Barradão.

Mas o rubro-negro não se esforçou para tanto. E a queda de luz no Barradão, a segunda no ano em curto espaço de tempo, acabou de esfriar de vez o ímpeto. No fim, valeu o triunfo de virada, que poderia ser melhor pelas circunstâncias. Tiramos a invencibilidade do rival no Nordestão, assim como ocorrido no Baianão. Vamos à Fonte Nova com vantagem mínima, porém importante em clássico.

Saudações Rubro-Negras, hoje e sempre!

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