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OPINIÃO

A derrota dos invictos

Confira o editorial desta sexta-feira

Da Redação

Por Da Redação

28/11/2025 - 3:14 h
Imagem ilustrativa da imagem A derrota dos invictos
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A prisão de generais, mesmo da reserva, rompe uma tradição abjeta originada no primeiro golpe, o da “proclamação da República” em 1889. Coube ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, derrotar os invictos.

Outro aspecto comemorado é o fato de o julgamento constar de ampla defesa. A vitória da cidadania e do país se fundamenta no respeito às leis – direitos e deveres iguais para todos. O 25 de novembro de 2025, dia da condenação dos “alta-patente”, terá seu capítulo solene no livro de história do Brasil.

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Os crimes comprovados são graves; o “jeitinho” para conciliar não deu certo desta vez. “Bateu na trave” a tal “pacificação”, visando repetir o erro da Lei da Anistia de 1979. A diferença pulsa acelerado quando se lembra o perdão às torturas, mortes e desaparecimentos de 20 anos de ditadura. Hoje, quem tentou repetir a dose de desumanidade, está recolhido à detenção.

A hipótese de troca de paradigma, da impunidade para a aplicação da lei, produz olhares variados. Uma boa possibilidade de convergência é investigar o motivo de tanto atraso para o Poder Judiciário funcionar quando a pauta inclui as Forças Armadas.

Recomenda a prudência não exagerar no otimismo. Apesar do momento histórico auspicioso, não houve desmonte de estruturas autoritárias. A responsabilização pela tentativa de golpe não alcançou o grau institucional. A “elite” política, representada no Congresso retrógrado, não dá o menor sinal de desejar mudança profunda. Ao contrário.

É preciso manter-se atento e forte, pois a trajetória secular de golpismo não foi sepultada. Deitar-se agora no berço esplêndido beira à ingenuidade. Os “kids pretos”, a quem cabia matar autoridades, estão ativos. Uma variável importante pode escapar às pesquisas. A força das individualidades dos togados, graças à competência para resistirem a pressões até dos Estados Unidos.

Queimar a semente do mal é uma atitude necessária, resta desenvolver uma metodologia capaz de mudar a mentalidade na caserna.

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