EDITORIAL
A economia dos recordes
Editorial de A TARDE desta segunda-feira, 1

Por Redação

Exceto para quem se dá a produzir ou consumir conteúdos falsos, o desempenho da economia do país projeta um feliz ano novo.
O prognóstico vem do mais recente número divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% no trimestre encerrado em outubro.
É o menor percentual desde o ano de 2012. A pauta pode não ser tão repetida nos covis de oposição como no curto período da inflação de alimentos porque a guerra ideológica diária produz seletividades.
A divulgação discreta não elimina a conquista, ao contrário, pode indicar o quanto incomoda trabalhar com competência visando reduzir desigualdades.
Tem mais: a população sem acesso a trabalho ou prestação de serviços também excedeu a expectativa.
O contingente de 5,9 milhões é o menor da série histórica.
Na mesma perspectiva de abrir 2026 com justificado otimismo, a tendência é seguir abaixo das estatísticas anteriores.
Outras rubricas a serem “comandadas” implicam admitir, mesmo a contragosto, o êxito das equipes ministeriais.
Assim, a população ocupada passou de 102 milhões: mais 926 mil pessoas, algo próximo de 27 estádios “Barradão” superlotados.
O primeiro emprego também vai bem, obrigado. Seis entre cada dez brasileiros na idade de trabalhar conquistaram sua estreia no mercado.
Encontrar algum tropeço implica recorrer à paciência. Quem sabe, no setor privado, mas não, as empresas particulares empregaram 52 milhões, o maior volume em 13 anos, acrescentando recorde em cima de recorde: 39 milhões de carteira assinada.
Enfim, há um item sob possível rasura, pois só o fato de haver trabalhadoras e trabalhadores informais já produz alguma cicatriz.
De fato, neste aspecto, embora a taxa tenha permanecido nem 37,8%, não será mal, no próximo boletim, registrar queda neste gigantesco grupo de ambulantes, camelôs a autônomos.
O Brasil que dá certo, distribuindo renda e gerando emprego, reúne todas as condições para merecer os aplausos até dos seus ferrenhos – às vezes cegos – adversários.
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