Busca interna do iBahia
HOME > OPINIÃO
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

OPINIÃO

A escola da tecnocrença

Editorial de A TARDE desta segunda-feira, 29

Redação

Por Redação

29/12/2025 - 0:51 h
Imagem ilustrativa da imagem A escola da tecnocrença
-

Adaptar a dimensão humana ao formato digital ou, ao invés, adequar as tecnologias às demandas afetivas, morais e cognitivas? Quem sabe, nem um, nem outro polo, mas um encontro entre máquinas e gente, visando a aurora de uma nova espécie, misturando o Sapiens ao Ciber.

Esta é a discussão possível, por suposto subalterna à necessidade premente gerada pela escolha das atuais autoridades do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação, com o objetivo explícito e prioritário de implementar o componente Educação Digital e Midiática nas redes escolares.

Tudo sobre Opinião em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

A formação da novíssima geração brasileira para um mercado futuro indefinido, esvanecendo o aspecto presencial em bruma de CPUs e celulares, ganha o acréscimo de tecnocrença a partir deste dispositivo educacional imposto pelos cérebros da burocracia estatal.

Seja qual for o rumo do debate, necessário e atual, é tida como válida a captura da juventude estudantil por uma ordem acelerada, ultra conectada e, pelo visto, inquestionável, pois o papel da filosofia está fortemente bloqueado neste movimento de adaptação.

A disciplina será obrigatória em 2026, reativando potencialidades de estabelecimentos capazes de terem se antecipado ao cenário de louvor aos chips.

Reportagem tipo mesa-redonda, ouvindo-se várias vozes dentro deste admirável – embora preocupante – mundo da IA, saiu n'A TARDE como significativa contribuição para o melhor proveito de todas e todos quantos se envolvam na metamorfose.

Assemelhado a um novo gênesis, no qual o éden é composto por aplicativos e podcasts, o ambiente impõe, de forma heterônoma à pessoa humana e ainda pensante, uma série de comandos, não discutidos o suficiente, e tidos como hegemônicos.

Para acrescentar tintas de duvidoso charme, a linguagem robótica assimila a boçalidade de termos evitáveis, porém capazes de produzir a sensação de campo autônomo dentro do qual não resta outra saída à espécie humana, exceto assinar a rendição e tentar fugir bem depressa para alguma colina tecnológica.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Simplificando a ortografia e o ensino

x