A glândula da vida

Merece investimentos em saúde pública a expansão de casos de câncer de tireoide, com grande probabilidade de ter ultrapassado os 100% de aumento, calculando-se as estatísticas do período 2018-2023.

Quando acrescidos os prontuários de 2024, os três dígitos são alcançados, conforme se pode inferir das estimativas do Instituto Nacional do Câncer, razão pela qual justifica-se a realização da campanha Julho Verde.

O movimento nacional visa alertar para a necessidade de exames periódicos, como forma de prevenir e aumentar as chances de vencer as enfermidades relacionadas à cabeça e ao pescoço, destacando-se o câncer de tireoide.

A elevação da moléstia pode também estar relacionada à maior procura de pacientes por verificação da saúde, em variadas especialidades, detectando-se o tireoidismo no estatuto de coadjuvante provisória, elevando-se a maior risco.

Foram confirmados 10 mil registros, com proporção de cinco mulheres para um homem, tendo como possível efeito final a proliferação de células instáveis, levando a óbito, se não for tratado a tempo, não-raro exigindo a extração da glândula, substituindo por medicamentos.

Não é acessório qualquer, pois o órgão de três centímetros produz hormônios de regulação do metabolismo – “mudanças” de condições do organismo humano a partir de reações químicas –; também regula a temperatura do corpo.

Situada na parte frontal do pescoço, desenhada em dois lóbulos, em formato de borboleta, a glândula fica sob suspeita de enfermidade se a pessoa começa a apresentar nervosismo, irritabilidade, insônia, taquicardia e disfunções várias.

Outros tipos de câncer são da boca, aumentando 18%, ao sair de 760 casos para 900; e o de laringe, saltando de 440 para 450. No entanto, os números podem ser maiores pois nem sempre a causa mortis é fidedigna.

São louváveis iniciativas como as do Hospital Aristides Maltez, ao debater o tema “Da boca aos pulmões: inspire prevenção, expire saúde”, em trabalho desenvolvido com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb).