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OPINIÃO

A Graça da adoção

Em país ancestral e estruturalmente racista e sexista, filhos adotivos correspondem aos preconceitos nutridos desde as capitanias

Por Redação

25/05/2025 - 6:00 h
Na foto:  Menor de 9 anos assistido pela OAF
Na foto: Menor de 9 anos assistido pela OAF -

Hoje é o Dia Nacional da Adoção, lembrando à cidadania e aos magistrados a importância de buscar meios de ampliar e fortalecer esta importante iniciativa de acolher, com a Graça do amor, crianças e jovens a clamar por uma família, apinhados nos portões das instituições.

A data 25 de maio foi instituída por Lei Federal número 10.447, de 9 de maio de 2002, com este objetivo maior de produzir o entrosamento entre forças: a ativa, de quem quer adotar, e a reativa, dos lentos trâmites burocráticos.

O gesto da escolha torna-se moralmente superior à reprodução biológica ou “natural”, uma vez implicar na consciência da liberdade de deliberar, embora as poucas estatísticas denunciem um perfil.

A preferência por bebês ou crianças com idade a mais precoce coincide com o racismo da seleção de epidermes brancas; e o sexismo, dado o favoritismo dos meninos, desvelando, uma vez mais, as vergonhas do Brasil. Um país ancestral e estruturalmente racista e sexista impõe filhos adotivos correspondentes aos preconceitos nutridos em escalada desde as capitanias hereditárias, sugerindo alguma ação legislativa reparadora.

Devem os candidatos a adotar, conhecerem, por suposto, o princípio norteador de oferecer o melhor convívio familiar, proporcionando ambiente acolhedor em segurança para o crescimento e desenvolvimento da prole escolhida.

Devem os juízes e servidores públicos envolvidos nos processos, pugnar pelo melhor e mais célere resultado, evitando qualquer possibilidade de desvio de conduta, portanto, mantendo-se incólumes a qualquer tentação.

Como tudo na vida, é preciso destacar boas práticas a serem imitadas, sagrando-se campeã brasileira a do senhor Valdenir Santos, ao adotar 13 filhos, mantendo o “time” com recursos de um viveiro de peixes.

Em tempos sombrios, nos quais se pretende tratar bonecos como bebês vivos, em psicodiagnóstico coletivo de grave transtorno, o exemplo de Valdenir e os cuidados da adoção ganham contornos de terapia pela via do afeto – necessariamente humano.

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Tags:

adoção adoção de crianças bebê reborn

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