EDITORIAL
A lição de Tabata
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
Alguma contribuição há de se verificar, ao identificar-se a torpeza de caráter de pré-candidatos, quando a campanha eleitoral toma a forma de ringue ou rinha, a depender da intensidade de rasteiras agressões pessoais sem nexo.
Fica fácil ao eleitorado atento perceber o despreparo de quem assaca contra a dignidade de uma concorrente, como nos ataques de misoginia (ódio às mulheres) tendo na mira a pré-candidata Tabata Amaral, em São Paulo.
As pedras saíram da catapulta cega de Pablo Marçal, ao revelar conduta desvairada, devassando intimidades da filiada ao PSB, ficando o agressor à mercê do julgamento de cidadãos e cidadãs providas de mínimo bom senso.
A análise qualitativa do contexto, dever do poder moderador, representado pela imprensa livre, serve como eficaz repelente às picadas do “profissional da política”, em situação de clamoroso impedimento no campo das urnas.
O flagrante de asco, descaro e desfaçatez é assinado pelo agressor, ao insinuar como causa do suicídio do pai da deputada, o fato de ter decidido ela estudar na conceituada Universidade de Harvard, nos EUA.
Não foi a primeira saraivada a sair pela culatra do mosquete machista, pois anteriormente já havia ele vinculado a condição de liderar os paulistas à necessidade de ser casada e ter filhos: retrato quadrado de "família e tradição".
Continuou batendo a esmo o trapalhão engravatado, mesmo após ter ouvido da vítima de suas sandices a defesa de enfrentar seu genitor efeitos de transtorno bipolar, sem submeter-se a tratamento, além de afogar-se em álcool.
O episódio transporta para as relações humanas a proposição certeira de nada se perder, tudo se transformar, esgueirando-se entre os espinhos das ofensas uma formosa flor, exalando a chance de punir a estupidez em outubro.
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