A proteção da visão
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
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O poder da visão viabiliza perceber os aspectos do mundo, em modo iluminado, transcendendo a função original, ao vencer o breu, em perspectiva registrada hoje, Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
A enfermidade tem causa material na elevação da pressão ocular e precisa ser diagnosticada com precocidade, pois o fenômeno produz lesões no nervo óptico, em contexto de alto risco cujo ápice chega à deficiência visual. Ela é a segunda causa de cegueira no Brasil, perdendo apenas para a catarata.
Para evitar um mal maior, vale a pena o sacrifício menor, o da visita periódica ao médico especialista em olhos, tornando-se obrigatória quando chegam os rigores do tempo, ou se a pessoa sofre de miopia e/ou diabetes.
A recomendação nem sempre é seguida, ao menos esta suposição pode ser sustentável pela análise qualitativa de dados estatísticos confiáveis, acerca do contingente de 3 milhões de enfermos contando idade superior aos 40 anos.
Não bastassem as desigualdades sociais, os afrobaianos – descendentes de escravizados de África – constituem as etnias mais acometidas, formando fator de risco junto ao hereditário, quando antepassados sofrem ou sofreram do mal.
A ameaça de renunciar ao bem de enxergar pode rivalizar, em índice de malefício, com o fato de a doença desenvolver-se silenciosamente, à traição, sem “dar” ideia. Uma única e escassa pista é a perda da visão lateral, a verificar no caso de quem lê um texto e tem facilidade em assimilar as palavras na região central do papel ou monitor, mas sentindo-se em labirinto se desvia o olhar.
O tratamento, à base de colírios, visa reduzir efeitos. Como em grande parte das ocasiões relacionadas ao “imperfeito”, ou talvez a totalidade delas, não há motivo plausível ou finalidade para ocorrer a afecção, restando a vontade de se cuidar visando ao proveito de colorir a vida.