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"Acredita" no Brasil

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Publicado terça-feira, 23 de abril de 2024 às 00:00 h | Autor: Editorial
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Competência e vontade política são virtudes capazes de criar programas inovadores, como o “Acredita”, conforme medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A iniciativa é a de alcançar o conjunto da população, “independentemente da origem social e do tamanho do negócio”, de acordo com palavras do chefe de estado, ao anunciar o pacote de ações de acesso a de crédito e renegociação de dívidas.

Na sua peculiar linguagem de homem do povo, o ex-sindicalista falou das impressões capazes de originar as ideias do projeto, quando se verifica com indignação o afastamento dos bancos das "pessoas que não usam terno e gravata".

Logo, justifica-se o empenho em oferecer à grande massa excluída oportunidades de honrar seus compromissos, apoiando mais de 6 milhões de endividados e superendividados, em número de janeiro de 2024, o recorde negativo desde 2016.

O benefício a quem não consegue adimplir obrigações terá efeito em toda a economia, estimulando geração de emprego e renda, em proporção inédita, ao superar até mesmo os projetos dos dois governos anteriores do atual mandatário.

Buscando reduzir as desigualdades, pelo menos metade das concessões de microcrédito deverá ser destinada às mulheres, pois apenas 6% delas contam com instituições financeiras, enquanto a maioria absoluta investe recursos próprios.

A engenhosa estratégia de alcance nacional será viabilizada pela participação de um fundo de R$ 30 bilhões destinados a micro e pequenas empresas, com capitalização do Sebrae, junto a quatro bancos federais.

O maior impacto social é projetado para os segmentos específicos de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único; os informais; as inscritas no Bolsa Família; e agricultores voltados para distribuir alimentos.

O incentivo não implica gasto extra para o erário público este ano; a renúncia fiscal estimada para 2025 e 2026 será de R$ 21 milhões, enquanto em 2027 será possível apoiar, sem custo oficial, as brasileiras e os brasileiros dispostos a produzir.

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