OPINIÃO
Atendimento deficiente
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta terça-feira, 21
Por Editorial

O episódio de suposta discriminação, envolvendo uma comerciária e uma criança portadora de transtorno de espectro autista (TEA) aciona sirene em altos decibéis para melhoria do atendimento a pessoas com deficiência (PDCs).
Chamada no senso comum por “autismo”, a diferença reflete na conduta cotidiana os efeitos da incompletude de desenvolvimento neurológico, afetando habilidades físicas, motoras, comunicacionais e de interatividade.
O problema similar a um nó górdio consiste na dificuldade de entendimento, pois nem sempre é fácil identificar-se a disfunção causadora, como pode ter ocorrido no boletim lavrado em loja de Feira de Santana. O contexto incentiva a produção de arestas, atenuadas se houver investimento em campanhas informativas.
Tipificado rapidamente como “discriminação”, o infausto teve por resposta imediata o afastamento da funcionária acusada, sobrando para o “lado mais fraco”, como se diz no jargão popular, em solução pontual e insuficiente.
Embora os “caixas de prioridade”, num dos quais deu-se o enredo, sirvam para apressar operações de compra e venda, vale refletir ser razoável capacitar os profissionais das registradoras de lojas a lidar com públicos fragilizados.
Entre consumidores de grupos tidos como “vulneráveis” por suas características especiais e, portanto, aptos a atendimento cuidadoso, estão idosos, gestantes e “deficientes”, como os referidos “autistas”, “surdos” e outros.
O planejamento passa pela percepção dos gestores das firmas comerciais, uma vez saberem do impacto no poder simbólico da marca, atraindo clientes quando prestam bom serviço à comunidade na qual está sediada a empresa.
Por outro viés, exercitar virtudes como empatia – colocar-se no lugar do outro – e desenvolver a paciência nem sempre constituem práticas compatíveis à alta velocidade verificada no vaivém nos entrepostos, quando torna-se incessante.
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