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OPINIÃO

Aurora dos crédulos

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Editorial

Por Editorial

01/01/2025 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Aurora dos crédulos
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Ao seguir, stricto sensu, os sentimentos coletivos calcados em valores como “esperança”, “prosperidade”, “desenvolvimento”, entre outros, o alívio provisório voltado para um Ano Novo repleto de bons augúrios, esvanece, em um breve período, toda a consciência de liberdade de escolher como se quer dirigir a existência, inevitavelmente carregada da angústia de não se ter nenhuma segurança do êxito dos sonhos e dos planejamentos.

É chegado o momento máximo dos projetos de bem viver, cada qual fazendo suas apostas, desde a dieta saudável à meditação, das estratégias de longevidade ou na capacidade de autocentrar-se em seus objetivos, quanto mais crédulos, melhor, nas perspectivas de vencer um mundo de guerras, de doenças, de conflitos, desde o vizinho aos partidos políticos e países, restando vestir o branco de uma suposta paz na maravilhosa virada do ano.

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Impossível pensar no andar do calendário como conserto de tantas mazelas, mas pode-se conceder a multidões acreditar numa inusitada inclinação para a concórdia, embora não reste dúvidas no talento humano para disputas, pois cada indivíduo tem a sua vontade e o seu desejo, potencialmente divergentes e até antagônicos, resultando na tristeza das intrigas.

É um intervalo tocado pelo bom motivo para os brindes, persuadindo humanos de todos os continentes nesta doce ilusão, tendo ao fundo o espocar de fogos de artifícios, e nada há de mal para se julgar nesta união mundial marcada por abraços, beijos e o esquecimento temporário das ogivas e bombardeios típicos do cotidiano carregado de ira.

Quisera a espécie comemorar cada aurora como a oportunidade de um convívio pleno, sem trapaças, nem malícias, como se todo dia fosse o Primeiro – e de fato o é –, gerando, neste amor universal, não a chance de consumo ou de mais uma pérfida atitude de hipocrisia, mas a plena revolução da espécie, capaz de deliberar por uma confraternização diuturna, visando conviver em plena harmonia, amando-se as divergências ao crepúsculo dos ídolos.

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