EDITORIAL
Cadeia para racistas
Confira o editorial do jornal A TARDE desta quarta
![Imagem ilustrativa da imagem Cadeia para racistas](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Cadeia-para-racistas0127696100202407022049-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FCadeia-para-racistas0127696100202407022049.jpg%3Fxid%3D6277989%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1720150967&xid=6277989)
Hoje é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, como tática para aglomerar oprimidas e oprimidos socialmente, em acréscimo à condição de espoliados devido à cor da pele e a feições afrobrasileiras.
A data refere a primeira lei brasileira contra o preconceito, ruindo a invencibilidade até então imbatível das elites agrárias, pois mesmo após a abolição do ano de 1888, permaneceram e até ampliaram as desigualdades.
A Lei número 1.390 de 1951, mais conhecida por “Afonso Arinos”, equiparou o racismo a uma contravenção, criminalizando o ato discricionário, muito embora punir os infratores passasse a constituir segundo e lento passo rumo à justiça.
De pé em pé, o dispositivo inspirou as trocas de “passe” de um hipotético “time” progressista, com protagonismos do Judiciário e do Legislativo, alcançando atualmente a previsão de pena de cadeia de um a cinco anos para racistas.
Avanços houve, não se pode refutar, embora o Brasil ainda enfrente diariamente efeitos da chaga transmitida pela herança maldita da diáspora – quatro milhões de pessoas sequestradas e escravizadas entre séculos 16 e 19.
Quando a polícia habituar-se a aplicar a lei, sem fazer “vistas grossas”, e o Judiciário acolher denúncias, as chances de punir aumentarão, porque o crime é inafiançável – não se pode pagar para evitar as casas de detenção.
Outro item relevante relacionado à legislação, já de conhecimento dos homens de distintivo, dos magistrados e, principalmente, dos algozes, é a imprescritibilidade – as provas não perdem validade com a marcha do tempo.
“Uni-vos” ao enfrentamento de supremacistas, ativistas de gênero, no tempo presente do 12º. Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver, com 533 atividades muito bem planejadas.
Na grita mais alta por aspergir o leite mau nos “caretas” extremistas, já passam de 250 entidades, sediadas em 23 estados, mais o Distrito Federal, alcançando Uruguai e Argentina, embrião de uma “Internacional Antirracista Feminista”.
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