Calúnia digital
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Embora só a psiquiatria possa diagnosticar megalômanos e similares, os indícios saltam quando se verificam o comportamento e a narrativa de sujeitos superando-se continuamente na arrogância de imaginar terem poder ilimitado.
Nesta condição possivelmente doentia de possuir o ceptro do mundo, sentado em trono supostamente acolchoado de aplicativos, apresenta-se o senhor Elon Musk ao dirigir impropérios sem constituir provas contra Alexandre de Moraes.
Logo quem, o ministro do Supremo Tribunal Federal, herói da cidadania brasileira por combater golpes e golpistas, na mesma proporção, identificando autorias daqueles da laia de seu acusador, o empresário de língua ferina.
Calúnias, injúrias, difamações, sob disfarce de críticas, alcançaram o seu ápice quando o estrangeiro ousou acusar o magistrado de “colocar dedo na balança para eleger Lula”, enrolando-se assim o acusador.
E mais: foi além a criatura, equiparada a um alienígena para o cotidiano da democracia brasileira, ao arriscar o dedo em riste, desqualificando o togado na forma de “ditador brutal”, em postagens na sua rede X.
Reduziu a pó qualquer resquício de legalidade o insano detrator, ao afirmar ter a autoridade do Judiciário o “presidente na coleira”. O bilionário postou no antigo Twitter, do qual é proprietário, junto com a SpaceX e a Tesla, e agora não poderá escapar da necessária demonstração de sua estapafúrdia e repudiada hipótese, respeitada a liberdade de expressar-se.
No entanto, esta prerrogativa de todo regime democrático implica responsabilidade, devendo, agora, explicar-se o aliado do retrocesso, sem demora.
Sujeito às leis nacionais, o controvertido incentivador das mentiras, popularizadas na expressão “fake news”, deverá responder criminalmente pelas sandices, além de perder perfis aos milhares, proporcionais ao seu novo tropeço.