EDITORIAL
Depois das cinzas
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
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Uma ideia perfeita existe em seu reino, o da “perfeição”, mas não se perdem todos os seus benefícios quando migramos do plano da abstração para o da materialidade, a verificar nas campanhas sociais.
Este pressuposto pode ser testado no pós-Carnaval, se o governo do estado pentacampeão de voto (Jaques/Rui/Jerônimo invictos desde 2007) decidir em suas reuniões de gabinete levar direto as articulações.
Filha legítima do povo, ao sair às ruas nos entrudos, enquanto a classe dominante fazia seus “paredões” a portas fechadas, o Carnaval tem raiz popular impossível de ser alcançada pelas motosserras das elites.
Manifestação rica em tradições, ritmos e cores, o carnaval reúne diferentes expressões artísticas e reflete a nossa diversidade cultural, no auge da inclusão: a festa do povo ainda traz turistas para abraçar.
A pândega generalizada, apesar das ressalvas da burocracia estatal e das imposições de um mercado viciado em dinheiro, é oportunidade para artistas das comunidades mostrarem criatividade em viés único e autêntico.
São muitas sementes plantadas no campo fértil da cultura carnavalesca, como potencial para serem atualizadas em frondosas e frutuosas árvores de bom convívio, se mantidos os valores da transparência e do trabalho duro.
Eis algumas, vamos aproveitar para manter! Pela ordem de emergência: visitas diárias a comunidades para levar alimento, roupa, orientação, vacina, tudo que o Estado precisa fazer para ser respeitado pelo povo.
Os nomes das campanhas são lindos e precisam ser correspondidos na ação dos servidores: Proteja Bahia, Corra pro Abraço e Segurança Alimentar. Não basta agir durante a folia, é trabalho o ano todo!
Pessoas com deficiência; crianças, adolescentes e os esquecidos idosos; moradores das periferias; vítimas de violência sexual e até as vítimas dos próprios aparelhos de repressão, é preciso criar meios de manter investimentos e servidores articulados para além do Carnaval. Depois de quarta de cinzas, que tal seguir até a vitória sempre?
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