OPINIÃO
Drinque mortífero
Confira o editorial desta quarta-feira (1º)

Por Redação

O caso da bebida alcóolica possivelmente adulterada com metanol é gravíssimo, levando em conta a estimativa de metade da população de 18 anos ou mais permitir-se alterar o estado de consciência em copo cheio.
Em seguida à demora e lacuna na fiscalização dos engradados, o governo de São Paulo ocupou espaços na imprensa e na internet divulgando ações tardias e necessárias, buscando reduzir a percepção de descaso.
Uma força-tarefa policial ficou de apurar a origem do produto, investigando protagonistas do comércio clandestino atuando sem monitoramento proporcional às cifras movimentadas na economia etílica.
Já na rede de saúde, só agora verifica-se maior empenho em orientar sobre sintomas de intoxicação e como agir rapidamente a fim de evitar acrescentar óbitos na relação de episódios registrados.
Espera-se, ao menos, empenho para localizar origem, rotas e articulações, além da interdição de estabelecimentos.
Adaptando o provérbio, não adianta chorar sobre o líquido ingerido, mas espera-se, ao menos, empenho para localizar origem, rotas e articulações, além da interdição de estabelecimentos.
Faltando a vigilância, resta punir os envolvidos comprovadamente partícipes da trama, bem como ampliar a divulgação de canais de denúncia da polícia e do Procon, para evitar chorar por novas vítimas.
O levantamento comparativo a período de menos de um mês registrava, em primeira contagem, 10 internamentos e três mortos, implicando provável acusação de homicídio, e não apenas “relação de consumo”.
Diante de tal contexto, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu nota com recomendações urgentes aos revendedores e consumidores paulistas, pois há indícios de adição a garrafas de gin, vodka e uísque.
Como as equipes de prevenção estaduais parecem insuficientes, as autoridades federais recomendam redobrar atenção em relação à procedência dos drinques, observando-se rótulo e lacre de segurança.
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