Editorial - A Bahia de Oeste a Leste

Sairia no prejuízo todo o trabalho de produção das riquezas sem o justo investimento em transporte rápido e seguro, como se antevê, finalmente, ao cortar-se o nó górdio da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

O anúncio do início das obras de construção do Trecho 1 paga dívida do governo federal com a cidadania e os produtores do Sudoeste ao Sul do Estado, de Caetité a Ilhéus, de onde mercadorias podem seguir pelo mar rumo ao exterior.

Revela também o quanto a Bahia está presente, em todas as horas, como protagonista, com evidente impacto positivo para atividades econômicas de duas das principais regiões, em farta distribuição de benefícios.

São 537 quilômetros de oportunidades para 19 municípios posicionados favoravelmente no trajeto, em incentivo inapelável ao maior empenho na geração de bens, estando previsto também precioso acréscimo de segunda etapa do importante modal ferroviário, necessário ao crescimento da economia.

Prova desta condição de pré-requisito sine qua non é a garantia de uma carga inicial de minério de ferro por parte de empresas especializadas na extração em jazidas instaladas ao longo do trecho. A estimativa de receita é de R$ 500 milhões em recolhimento de Compensação Financeira para Exploração de Recursos Federais (CFEM).

Os recursos devem ser aplicados em projetos sociais, com destaque para saúde, educação e segurança, por parte dos gestores públicos de municípios onde as companhias mineradoras estão sediadas.

A confirmação do serviço da primeira etapa atende a reivindicação das entidades representativas das classes produtoras baianas, em campanha com apoio de órgãos públicos, destacando-se a Companhia Bahiana de Pesquisa e Mineração (CBPM). Justifica-se o empenho das lideranças com a geração de 15 mil empregos diretos e outros milhares indiretos, em inegável alcance benfazejo do plano de desenvolvimento proposto.