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26/04/2022 às 0:30 • Atualizada em 26/04/2022 às 10:50 - há XX semanas | Autor: Da Redação

OPINIÃO

Editorial - A boa comunicação dos surdos

A vitória da comunidade surda, decorridos 20 anos da Língua Brasileira de Sinais, representa a superação de preconceitos
A vitória da comunidade surda, decorridos 20 anos da Língua Brasileira de Sinais, representa a superação de preconceitos -

A vitória da comunidade surda, quando decorridos 20 anos do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais, representa a superação de preconceitos contra os que têm dificuldades de expressão, por isso considerados “anormais” durante séculos.

Desde a Antiguidade, com exceção da civilização egípcia, quem enfrenta limites de audição é associado à deficiência severa, tendo sido comum até a Idade Moderna a imposição do esforço da fala mesmo para quem não tinha como aprender as palavras.

Apesar dos avanços, acolhidos pelo Brasil, em afinado diapasão com os princípios civilizatórios, ainda hoje há fabricantes com o objetivo de persuadir os surdos a render-se às novas tecnologias dos implantes.

No entanto, não há como reverter os ganhos obtidos com a gestão deste convívio por meio da lei 10.436/2002, beneficiando 10,7 milhões de pessoas, independentemente do credo político dos partidos no poder, alcançando todo o espectro entre as extremidades.

Além de viabilizar novos relacionamentos e a progressão profissional, a linguagem gestual ganhou a simpatia dos falantes, tornando-se comum o aprendizado na educação formal.

Como nos momentos iluminados da espécie humana, o pavor e a tortura transformam-se na alegria de amizades e parcerias, emergindo deste contexto benigno a figura do intérprete.

Não foi fácil, no entanto, a correção dos rumos da didática, depois dos congressos de Veneza, em 1872, e de Milão, em 1880, ambos na Itália, onde os professores definiram o método oralista como apropriado, considerando viável o uso da língua.

Graças ao surdo francês Ernest Huet, a convite do imperador Dom Pedro II, os brasileiros já praticavam desde 1857 o modelo atualmente em vigor, em pleno antagonismo às recomendações aprovadas nestes simpósios posteriores.

Deve muito à iniciativa do monarca a resistência hoje vitoriosa em favor da autonomia de comunicação daqueles competentes para se entender com o movimentar das mãos, louvando-se agora a obrigatoriedade incluindo manifestações oficiais.

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