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Opinião
Editorial - A má-fé da educação parasita
Depois do flagrante perfeito dos pastores evangélicos, resultando na queda do ex-chefe do grupo, Milton Ribeiro, envolvido nas falcatruas orçadas em ouro, segue o descalabro no Ministério da Educação.
Descobriu-se indícios de superfaturamento na aquisição de ônibus escolares, e agora, nova subtração do Tesouro, com a compra de kits de robótica para pequenas cidades de Alagoas e Pernambuco.
Talvez por serem alguns dos prováveis meliantes noviços na arte da rapina, vieram à tona escândalos destes contratos voltados para escolinhas que sequer contam com água encanada ou salas de aula em condição de uso.
O desvio do erário beneficia apaniguados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ao qual está relacionada a figura de Jair Bolsonaro.
Ao chefe de Estado, caberia conduzir uma política digna, decente e respeitosa, considerando 57 milhões de eleitores a formarem crença em comportamento compatível com a expectativa de líder mitificado como messias do novo país.
Não bastassem os ataques orçamentários às instituições de ensino e pesquisa, desde o início da atual gestão, descortina-se o horizonte de nuvens carregadas de uma velha conhecida dos brasileiros: a corrupção.
O desdém do governo federal, revelado na fieira de ministros sem qualificação, é materializado no posicionamento de cada titular a substituir um anterior, em sucessão de fracassos, distante do necessário equilíbrio.
Apesar de contradizerem as lições mais elementares de quem afirmam seguir, Jesus Cristo, estes obreiros de seus próprios interesses afastam-se do cumprimento do dever, em nefasta revelação prenhe de absoluta má-fé.
O esquema montado dentro de uma estrutura tão relevante para o desenvolvimento nacional revela a desfaçatez e a falta de limites de quem sente-se amparado por instâncias superiores.
Criou-se a sensação de um mercado livre capaz de causar a repugnância de todos quantos tomem a honestidade, a coragem e a prudência como virtudes inseparáveis da prática visando servir bem à juventude brasileira.
