OPINIÃO
Editorial - Carta aberta
Por Da Redação

A sucessão de vertiginoso crescimento, dia após dia, da média de óbitos por Covid-19, a lentidão para imunizar seu povo, por parte de um país desencontrado, entre a ciência e o negacionismo, e a projeção dos efeitos destes dois fatores pedem ações emergenciais.
Compartilhando esta perspectiva, mobilizaram-se banqueiros e advogados, empresários e economistas, gente com cacife de liderança em suas atuações profissionais, mais de 500 deles assinaram petição por competência do governo federal na gestão do desafio.
A iniciativa não deixa de ser um alento para a cidadania acuada, em momento de alerta por risco de morte para todos, pois acresce à falta de vacina e à disputa da hegemonia do discurso a negligência de parte da sociedade, pela falta de cuidados.
O momento de levante da cidadania representa o brado por ações efetivas no combate à Covid-19, por parte dos gestores de Brasília, apontados em recente resultado de pesquisa pela Universidade de São Paulo, como mentores de política institucional pró-infecção.
Caso esteja correta a conclusão do trabalho, cotejando textos de 3.049 normas baixadas no período da pandemia com falas de Jair Bolsonaro, o problema estaria na intencionalidade, devido ao privilégio da retomada econômica e o descenso da vida.
Esta opção de ordem tática estaria desnorteando as decisões do Estado, antagonizando pressupostos de ciência e da produção do conhecimento, tornando-se o Brasil um perigo para a continuidade do reinado humano sobre a natureza e outros animais.
Quadro tão complicado pode tornar-se irreversível, bastando ao país seguir mostrando vocação inédita como fornecedor de vírus letal, condição incômoda de favorito das mutações, beirando ao desespero, como alertam os signatários da carta aberta.
A mobilização de recursos, por parte de todos quantos rotulem grave o contexto enfrentado pelo país, poderá ter maior ressonância se o Planalto, enfim, sair da posição desconstrutivista, algo perto do improvável, embora reversível enquanto há tempo.
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