A problemática de definir-se entre a Barra e a Boca do Rio o bairro de maior concentração de foliões no Carnaval impõe admitir a limitação humana demasiada humana no processo de escolha das opções para viver no mundo.
Ao decidirmos, nunca saberemos se teria sido melhor o item descartado, pois não há como paralisar a existência e testar qual das localidades seria mais razoável, pressupondo o objetivo da alegria, bem próximo à felicidade geral.
Outro fator incorpóreo, mas de grande influência, é o tempo, ou no caso dado, a falta dele, pois a urgência impede exame meticuloso das variáveis, valendo-se da sorte como superior a métodos impregnados de necessária rapidez.
Não se pode descartar a força do Capital relacionado às manifestações culturais, consagrando à animação a força de recuperar os negócios do folguedo, desde o vendedor do isopor a artistas e gigantes dos camarotes espaçosos.
Dedicar total atenção à celeuma seria uma recomendação ao poder público, diante deste contexto de aspectos impossíveis de controlar, por conta da força do movimento e das mudanças, exceto se há algum gestor clarividente.
Como a intenção costuma não corresponder ao efeito, vale examinar, em acréscimo, a título de critério-desempate, qual dos espaços comporta maior número de pessoas em campo aberto, para reduzir riscos de contágio de vírus.
Além do enfrentamento da Covid-19, comemorado como vitória parcial, devido à imunização, há agora a expectativa em relação ao novo tipo de varíola, cabendo o cuidado das autoridades sanitárias.
Tantas são as partes a encaixar, em metáfora de um quebra-cabeças, a ponto de o Conselho responsável pela volta da maior festa de rua do planeta precisar esforçar-se para conciliar os interesses em jogo, dando prioridade ao cidadão.
Em uma seara tão incerta e fertilizada por dissensões, não se pode agradar a todas e todos, a exemplo do movimento SOS, pronto a acionar o Poder Judiciário contra a prefeitura, se ficar confirmada a transferência do Reino de Momo.