OPINIÃO
Editorial - Desperdício inaceitável
Na reportagem de manchete, A TARDE busca incentivar o combate ao desperdício de comida
Por Da Redação
Em um país no qual o enfrentamento da insegurança alimentar é a maior prioridade, articulando a cidadania engajada ao governo federal, o desperdício é inaceitável, viabilizando a oportunidade de reverter o problema em solução.
Na reportagem de manchete, A TARDE busca incentivar o combate a este absurdo de parte da população dar-se ao excesso de atirar às lixeiras sobras aproveitáveis de seus cardápios: é hora de dar um basta ao mau costume.
Serve a comunicação como meio para inspirar solidariedade, convergindo os interesses de quem tem demais, a ponto de livrar-se dos restos, aos daqueles necessitados, ajudando o Brasil a voltar a sair do Mapa da Fome.
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Dos 33 milhões de famintos, no início do terceiro governo Lula, há um ano e seis meses, restam 8,6 milhões começando o dia com a geladeira vazia, 844 mil baianos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governo do Estado vem fazendo sua parte, como é seu dever, ao investir no programa Bahia Sem Fome, empreendendo ações as mais diversas, tendo como a principal delas o Restaurante Popular, ao servir 2 mil refeições por dia.
Apesar dos esforços em programas emergenciais de assistência social, a desigualdade associada a falta de empatia gera o paradoxo de irem parar nos contêineres pratos cheios, enquanto multidões excluídas ficam de pires na mão.
Das 353 milhões de toneladas de gêneros alimentícios produzidas no país, quase 100 milhões são descartadas, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, em figura de paradoxo, demonstrativa do disparate.
Não se trata de péssimo exemplo isolado do Brasil, pois em todo o mundo 1 bilhão de refeições vão para o lixo, no entanto incomoda o fato de uma das principais economias ocupar o 10º lugar entre os países esbanjadores.
Quem já esteve ou está em situação de não ter como “forrar” o estômago e sofre com suas crianças chorando, pode dizer melhor da intensidade das dores física e psíquica; ademais, fica muito difícil procurar trabalho de barriga vazia.
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