Editorial - Eleitorado vigilante
A cidadania confiante no funcionamento do Estado Democrático e de Direito já deve ficar atenta nesta fase de definições, ao fixar-se o tipo híbrido leitor/eleitor na vigilância de candidaturas aprovadas pelos partidos.
Seria bom conselho informar-se quanto mais cedo, possível, as brasileiras e os brasileiros, ao verificar com devido cuidado os perfis de postulantes a cargos de deputado, senador, governador e presidente.
O processo de oficialização dos pleiteantes a vagas nos parlamentos e chefias de executivos começou dia 20, tendo as convenções partidárias programadas até o prazo final de 5 de agosto.
Este trâmite implica votação dos nomes propostos pelas mais diversas siglas, resultando na oferta ao cidadão de uma série de opções para ocupar as vagas disponíveis.
O registro das candidaturas segue até dia 15 do próximo mês, tempo suficiente para varejar-se a história de vida das candidatas e candidatos com base em informações confirmadas, valendo necessariamente a busca de fontes corretas.
A campanha esquenta a partir desta data, alcançando o zênite no dia 2 de outubro, caso um dos presidenciáveis alcance percentual com objetivo de evitar o bate-chapa dia 30, cancelando-se o renhido clássico do voto eletrônico.
Quanto maior o conhecimento, melhor será o exercício do ato de pressionar a tecla referente ao escolhido, refletindo-se o poder de selecionar representantes dotados das virtudes tidas como prioritárias.
Aqueles sufragistas desalentados podem até dar de ombros para todo o movimento conquistado com tanta dificuldade, e ora ameaçado por tendências negacionistas, mas terá de aceitar o vencedor.
No resumo, a pessoa pode até não gostar desta estrutura, cuja corrosão justifica-se pela alteração do contexto contemporâneo em relação ao do século XIX, quando foi desenvolvida.
Mas não terá razão para queixar-se, ao rejeitar as regras do jogo, enquanto cientistas políticos buscam meios de atualizar o método, considerando mal menor a oportunidade de apertar o botão.