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Editorial - Em nome da transparência

Corrida pelo cargo de conselheiro do TCM é mais um lance da rivalidade entre Rui Costa e ACM Neto

Publicado sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023 às 00:30 h | Autor: Da Redação
Qual é o crime de Aline, afinal? Achar que ela não pode concorrer ao cargo de conselheira por ser casada com o ex-governador
Qual é o crime de Aline, afinal? Achar que ela não pode concorrer ao cargo de conselheira por ser casada com o ex-governador -

Causa estranheza a atitude de alguns veículos de comunicação da Bahia e de outros estados de expor publicamente uma servidora do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia. A intenção não foi outra a não ser prosseguir com a covardia através de ataques sistemáticos que fazem à ex-primeira dama do Estado, Aline Peixoto, por esta ter cometido o pecado supremo de inscrever o seu nome para disputar a vaga de conselheira do Tribunal. A candidata e a servidora são irmãs, e isso explica a sanha de alguns.

Qual é o crime de Aline, afinal? Achar que ela não pode concorrer ao cargo de conselheira por ser casada com o ex-governador e atual ministro da Casa Civil Rui Costa é algo, como dizem os jovens, sem noção.

Aline Peixoto não nasceu esposa do ex-governador. Mesmo antes de se conhecerem, ela já havia construído sua militância nas causas sociais. Mulher, enfermeira de formação, fez da ajuda aos mais necessitados sua causa. À das Voluntárias Sociais, teve a inteligência de aproveitar o poder e a abrangência das ações do governo para ampliar em muito o alcance da ajuda a quem precisa.

Entre o legado deixado por ela estão várias campanhas de arrecadação de recursos para hospitais, a atenção à oncologia, a criação do Hospital da Mulher, em Salvador, a construção do Hospital da Criança, em Jequié, além de várias creches. Ninguém pode negar seu apoio e inspiração para que tudo isso acontecesse.

A corrida pelo cargo de conselheiro do TCM é mais um lance da rivalidade entre o ex-governador Rui Costa e o ex-prefeito ACM Neto. Isso revela o lado de quem tenta impedir que o Tribunal tenha uma conselheira pela primeira vez em sua história. Sem falar do preconceito! Mas os 64 deputados estatuais saberão tomar a melhor decisão.

Por que não divulgar também os nomes de outros integrantes dos tribunais de contas - dos Municípios e do Estado - das prefeituras e casas legislativas que tenham algum parentesco com políticos? Exibir apenas o nome da cunhada do ex-governador fere o princípio da transparência.

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