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Editorial - Em respeito à verdade

Publicado sábado, 19 de março de 2022 às 00:30 h | Autor: Da Redação
Verifica-se, na origem do trabalho da Imprensa e do representante da alta corte, a aversão à mentira
Verifica-se, na origem do trabalho da Imprensa e do representante da alta corte, a aversão à mentira -

 Suspender a operação do aplicativo de mensagens Telegram terá sido uma boa contribuição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no sentido de combater o crime disseminado pela internet.

A medida coincide com a repercussão de reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, ao denunciar ocorrências de estelionato, propaganda neonazista, pornografia infantil e venda de armas sem registro, drogas e notas de dinheiro falsas.

Apuraram os jornalistas tramas envolvendo falsificação de documentos, entre os quais certificados de vacinação contra a Covid-19, em flagrante atentado à saúde pública.

Verifica-se, na origem do trabalho da Imprensa e do representante da alta corte, a aversão à mentira, talvez este o melhor predicado necessário ao bom convívio em sociedade.

Cabe destacar a urgência de reabrir os debates para recuperar o respeito à verdade, visando maior probabilidade de acerto, ao distinguir-se o vigor do conhecimento diante da duvidosa opinião, protegendo iniludíveis fatos de suas múltiplas interpretações.

Já são conhecidos os desdobramentos de se aceitar, sem devidas ressalvas, a prerrogativa de cada indíviduo, em pleno sol da liberdade, formular ilimitadas versões, em doações contínuas e distantes, umas em relação às outras, gerando fluidez jamais verificada.

Valem-se desta hesitação geral os malfeitores do ciberespaço em sua intentona vigarista de falsear conteúdos, construindo “realidades” fraudulentas, ao tornar longínquas as representações das coisas como são ou aconteceram.

Não bastasse permitir o desfile de “fake news”, em prática incessante de calúnia, injúria e difamação, estariam os gestores do app coniventes com criminosos, ao acolherem acusados, além do foragido Allan dos Santos.

A formação da opinião pública precisa nutrir-se de proposições verdadeiras, sob pena de envenenar os mananciais de boa prática democrática, se não agir a frente ampla da cidadania a fim de defender das táticas malignas o resultado das próximas eleições.

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