OPINIÃO
Editorial - Juventude em perigo
No Brasil, são 40 milhões de jovens até 18 anos de idade expostos a contaminação por pesticidas e agrotóxicos
Por Da Redação

Um planejamento eficiente para proteger a juventude, e consequentemente o futuro do mundo, é a opção dos governantes responsáveis pelo enfrentamento dos problemas divulgados pelas Nações Unidas, ao alertar para os riscos ambientais.
No Brasil, são 40 milhões de jovens até 18 anos de idade expostos a contaminação por pesticidas e agrotóxicos; poluição do ar; excesso de calor e falta de água potável, bem como a ameaça de enchentes.
O contingente corresponde a seis entre cada dez crianças e adolescentes brasileiros, revelando-se como novo desafio para a terceira gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a partir do dia primeiro de janeiro, data da posse.
A projeção de um futuro difícil aumenta a importância da seleção de profissionais e especialistas em meio ambiente capazes de enxergar soluções para os efeitos das mudanças climáticas nos próximos anos.
Aulas interrompidas seriam um problema menor se comparado com as dificuldades respiratórias produzidas por excessiva emissão de gases, ainda em descontrole, apesar dos esforços verificados em encontros de líderes mundiais.
Embora a situação possa agravar-se nas próximas décadas, é preciso admitir a ocorrência atual de adversidades com a exposição de meninas e meninos a problemas resultantes do desequilíbrio.
O tema do dia passou a tornar-se mais frequente com a ameaça aos grandes centros, mas vale lembrar o habitual sofrimento das comunidades estabelecidas nos sertões do Nordeste, devido à falta de apoio do Estado, em âmbito federal.
Os longos períodos de estiagem podem ampliar-se, em locais onde já se conhece bem a dor de perder pessoas queridas, devido à morte por inanição, uma vez exaurido o gado esquálido, em meio à devastação dos roçados, restando a palma e o mandacaru.
Neste viés, a Bahia vem oferecendo ao mundo um exemplo positivo de resistência, graças ao investimento na construção de cisternas, próximas às residências, bem como a organização da agricultura familiar, sem uso de defensivos prejudiciais à saúde.
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