OPINIÃO
Editorial - Mutirão pela verdade
O êxito das eleições e, mais além, da reabilitação dos valores provisoriamente esgarçados do convívio social no Brasil, dependem da união de cidadãos conscientes da importância da veracidade, junto aos gestores de órgãos públicos e integrantes das redes de compartilhamento e da sociedade em geral.
Com base nesta busca necessária, sem a qual o país não conseguiria reerguer-se dos efeitos do tombo dos últimos anos, o Tribunal Superior Eleitoral firmou acordo com frequentados endereços virtuais: Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai, com possibilidade de agregar o Telegram e o Linkedln.
O objetivo é o desenvolvimento de ferramentas para flagrar e eliminar as falácias, erros e infâmias, integrando a estratégia o Programa de Enfrentamento à Desinformação, como escudo para reduzir a incidência de ataques provenientes do banditismo digital.
O pacto ajuda a criar sentimento coletivo em prol de um mutirão pela verdade a fim de espantar o espectro dos conteúdos falsos, nomeados no senso comum pela expressão em inglês “fake news”, por faltar correspondência entre representações e fatos.
Trata-se de agressão vil aos princípios da civilização, erigida na pedra fundamental da aversão à mentira, invertendo as qualidades da rede mundial de computadores, ao difundir o ódio, em vez do conhecimento; a calúnia, em troca do diálogo honesto; o mal, sombreando o sol como símbolo do bem.
No entanto, é preciso reconhecer as dificuldades, devido à arquitetura horizontal da web, desenvolvida em sua origem como defesa militar e depois aprimorada por jovens de cultura hipster do Vale do Silício, na Califórnia, ao fornecerem aspectos do perfil anarquista de impedir o controle por qualquer governo, chefe ou general.
A partir deste desenho libertário, o desafio de salvaguardar a democracia ganha impulso, tal o volume de publicações e a mecânica baseada em instantaneidade, máxima rapidez de envio e recepção, bem como o armazenamento de dados na galáxia da internet.
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