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Editorial - O voto da juventude

Publicado terça-feira, 03 de maio de 2022 às 06:03 h | Autor: Da Redação
Acaba amanhã, dia 4, o prazo para obter o título de eleitor, mas os números revelam o baixo interesse juvenil
Acaba amanhã, dia 4, o prazo para obter o título de eleitor, mas os números revelam o baixo interesse juvenil -

Embora o regime político perfeito ainda esteja por ser inventado, o melhor possível verificado até agora, a democracia, poderia ter um apoio maior dos jovens.

O fundamento do sistema de representação pelo voto, a eleição, como a programada para outubro, não vem mobilizando a cidadania adolescente como deveria.

Acaba amanhã, dia 4, o prazo para obter o título de eleitor, mas os números revelam o baixo interesse juvenil: nove entre 10 baianos com 16 ou 17 anos estão desabilitados.

A estatística divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral revela na lacuna numérica, um vácuo qualitativo no planejamento de disciplinas na educação formal da juventude.

Cálculo com esta baixa proporção só havia sido registrado em 2004, restando de 488 mil habilitados no estado, apenas 54 mil terem solicitado a emissão do documento.

A geração aficcionada por programas de internet não demonstra vontade em utilizar estes mesmos meios digitais para ficar em condições de manifestar-se no pleito.

A emissão do título pode ser feita também por atendimento presencial nos cartórios ou pelo serviço itinerante, com informações disponíveis de endereços em ambiente virtual

A forma representativa do modelo democrático vigente depende da participação das pessoas, ao indicar os favoritos a gerir projetos financiados pelo dinheiro dos impostos.

O cenário aparentemente de indiferença implica pensar se a urna seria um instrumento importante, na visão dos adolescentes e por que este grupo social está alheio.

Recusar-se a participar não é uma boa solução, pois o extremo oposto, a tirania, tem assim a oportunidade de tirar proveito ao usar a arma da cidadania para destruir suas bases.

Uma das imperfeições do mecanismo de apuração seria a igualdade, valendo peso um para todos, equiparando quem já está cadastrado ao grupo cujas chances estão perto do fim.

Os pais, responsáveis e professores têm a possibilidade de ajudar nestas últimas horas, com objetivo de ampliar este índice pequeno, apesar dos grandes problemas do Brasil.

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