Editorial - Prevenção contra o mosquito
A exaustão dos sistemas de saúde, devido à alta procura de leitos e espaços possíveis para acolhimento de doentes da Covid-19, não só provoca temor por conta da pandemia, mas também pela dificuldade do tratamento de afecções mais conhecidas dos cientistas. O desdobrar dos cuidados com a preservação da saúde tem ampliada a importância, tanto por evitar contágio do coronavírus, evitando-se a necessidade de consultas emergenciais, quanto pela indisponibilidade de profissionais de saúde sobrecarregados.
Precisa-se de atenção com dengue, zika e chikungunya, cujo grau de letalidade não assusta como o da Sars-Covid, mas não deixa de produzir incômodo. Este mês de março e o próximo, abril, marcam o início do calendário de maior incidência de chuvas, ocasionando berçários aquáticos, nas proximidades dos quais o mosquito fêmea Aedes aegypti depõe ovos para novas proles de transmissores do mal.
Em ações planejadas para deter a proliferação dos mosquitos, além de evitar ficar exposto mais tempo ao temido coronavírus, os servidores municipais vão visitar, nas próximas quintas, a partir de hoje, e sextas-feiras, pontos de reprodução do alado inseto. Interromper, logo em seu nascedouro, o ciclo de vida do mosquito é estratégia mais plausível de dar certo, levando em conta o saber dos médicos, refutável e provisório, condições sem as quais não há conhecimento, e sim, dogma, opinião ou falácia.
O cidadão pode contribuir, fiscalizando a si mesmo, ao verificar no ambiente onde está aquartelado para proteger-se do vírus se há recipientes possíveis de encher-se d’água, como pneus, latas, caqueiros e até piscinas não utilizadas neste deletério momento.
Tomando por premissas o risco de o paciente não ser atendido, devido ao excesso de demanda, e a ameaça de contrair doenças transmitidas pelo mosquito, tem-se por conclusão a relevância da prevenção como melhor defesa contra o pequenino inimigo.