Editorial - Quarta dose para idosos

O cuidado com os idosos é um indicador confiável na avaliação de uma sociedade em busca do melhor convívio entre seus cidadãos, tendo a pandemia viabilizado a oportunidade de testar esta tendência, agora em nova fase, com o anúncio de preparativos da quarta dose.

A recomendação partiu de nota técnica do Ministério da Saúde, ao emitir o sinal do início da aplicação do reforço, já materializado em quatro estados brasileiros, posicionando a Bahia em alerta para acompanhar o esforço de proteção do contingente veterano.

Nem todo o pessoal grisalho chega à última idade em condições plenas de atenção, devido a debilidades próprias desta etapa da vida, daí a importância de filhos, netos e vizinhos amigos, na persuasão e na mobilidade, a fim de viabilizar a imunidade coletiva.

Tão logo as secretarias estaduais e dos municípios distribuam notificações de convocação, deverão alcançar os endereços divulgados os decanos, cuja relevância não se precisa ressaltar, dada a contribuição da experiência transmitida aos jovens nos momentos de fazerem suas escolhas.

A campanha de alcance nacional projeta a defesa do organismo de 4,6 milhões de brasileiros, se alcançar os 100% de público beneficiado, dos quais cerca de 40 mil pessoas somente em Salvador.

Desta vez, as autoridades federais revelaram uma velocidade poucas vezes verificada desde o começo da infecção, há mais de dois anos, ao adquirirem todas as doses com a devida antecedência, recomendando-se preferencialmente as ampolas da Pfizer.

Como a distribuição em país do tamanho do Brasil não tem como alcançar a perfeição, apesar dos esforços de logística, é aceitável a utilização de imunizantes da Jansen e Astrazeneca, independentemente de quais marcas foram aplicadas anteriormente.

O trabalho relacionado ao avanço do controle da Covid-19, beneficiando todas as faixas etárias, sinaliza o quanto se pode construir, em prol do bem comum, quando os valores solidariedade e empatia superam diferenças pontuais de projetos de poder em conflito.