OPINIÃO
Editorial - Restauração civil ou barbárie
Por Da Redação
A regularidade das ações constrói a expectativa acerca das escolhas de uma liderança legitimada a deliberar, tendo na aversão à produção de conhecimento e cultura o sinal evidente de quem se trata o sujeito Jair Bolsonaro, ao vetar a Lei Aldir Blanc.
A normativa poderia criar política nacional de fomento às livres manifestações de expressão, escapando do obscurantismo ao qual acostumou-se a cidadania, verificando-se a insistência de desvio dos princípios civilizatórios.
Impediu o chefe do executivo repasse anual de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios, ao renegar, uma vez mais, o papel de coordenador maior do país, em proveito do desenvolvimento e da soberania nacionais.
Em coro acostumado a nênias lúgubres, com as quais tem infelicitado o país, o presidente seguiu a toada da Controladoria-Geral da União e dos ministérios do Turismo e da Economia.
A inusitada decisão, publicada no Diário Oficial, reforça a emergência de restauração civil para os brasileiros
O combate incessante a diretrizes da Constituição Federal, quando estas afrontam os interesses de seu grupo, desta vez, inverteu-se no paradoxo de brandirem os algozes da nação o próprio texto da Carta Magna, em incomum interpretação.
Não seria iniciativa associada apenas à torpeza dos envolvidos na estapafúrdia empresa, mas vale verificar também a dificuldade cognitiva e a ausência de repositório de um bando perdido em delírios persecutórios.
Vale acrescer, como divergência frontal, o antagonismo ao Poder Legislativo, pois a aprovação da normativa, no Senado, teve 74 votos a favor e nenhum contra.
Já havia sido reprovada, em costumeira tacanhez, a Lei Paulo Gustavo, vítima da habitual falta de empatia e civismo, tendo o detentor da faixa presidencial preferido investir em projetos de agronegócio.
A inusitada decisão, publicada no Diário Oficial, reforça a emergência de restauração civil para os brasileiros, tomando por pressuposto a necessária atenção à mobilização de recursos, visando recuperar a finalidade de um Estado gerido em prol de seu povo.
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