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OPINIÃO

Editorial - Salvação das mulheres

Confira o editorial desta sexta-feira

Da Redação

Por Da Redação

05/05/2023 - 0:30 h
O objetivo é não só unir forças para inibir a violência, como também viabilizar meios de acolhimento 
e de reestruturação
O objetivo é não só unir forças para inibir a violência, como também viabilizar meios de acolhimento e de reestruturação -

O embrutecimento da sociedade brasileira nos últimos anos, acompanhado da propagação de discursos de intolerância e de extremo desprezo pela vida humana, tem infelizmente se refletido na escalada de feminicídios.

Em Salvador, o contexto pede ações de emergência, pois o descontrole causado por ciúme ou outras fortes emoções não justifica o crime, tendo como vítimas mulheres sem condições de defesa.

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Um dos casos recentes merecedores de repúdio foi o da técnica de enfermagem Simone Maria dos Santos, morta pelo companheiro dentro de casa, na Vila Laura.

Para não alienar-se do contexto social para o qual deve sua razão de ser, a Câmara Municipal deu um passo seguro no esforço coletivo para tratar o grave problema. Um novo laço da rede de solidariedade só depende agora do prefeito, a quem cabe sancionar o projeto de Política de Enfrentamento ao Feminicídio, aprovada pela Casa Legislativa.

A lei 49/2022 visa verificar especificidades do município, onde as atrocidades têm sido registradas com frequência, mas não se tinha qualquer plano protetivo. A iniciativa partiu da presidenta da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, vereadora Marta Rodrigues, ao incentivar colegas a aderir ao plano, em perspectiva de convergência.

O objetivo é não só unir forças para inibir a violência, como também viabilizar meios de acolhimento físico, psicológico e de reestruturação do cotidiano das sobreviventes.

Não bastassem os efeitos da desigualdade de gênero, impactando na baixa autonomia financeira e social das soteropolitanas, a maioria da população é de mulheres, com probabilidade de sofrerem agressão proporcional à aritmética. As negras constituem o grupo mais atingido, na condição duplamente inferiorizada de vítimas de racismo e machismo, quando não são submetidas a torturas por orientação sexual.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a capital baiana teve aumento de 45% na estatística de óbitos, situando-se em nono lugar no ranking nacional.

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