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Editorial - Setembro Amarelo

Publicado quinta-feira, 09 de setembro de 2021 às 06:00 h | Autor: Da Redação
A campanha tem o objetivo de ajudar pessoas em sofrimento, garantindo suporte a quem precisa, para enfrentar dissabores | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE | 16.9.2019
A campanha tem o objetivo de ajudar pessoas em sofrimento, garantindo suporte a quem precisa, para enfrentar dissabores | Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE | 16.9.2019 -

Convencionou-se significar uma das cores da sinaleira do trânsito para servir agora como advertência no caso de ultrapassagem indevida da própria existência, quando não se procura prevenir contra o suicídio, deliberado ponto final.

A campanha Setembro Amarelo propõe cautela, com objetivo de ajudar pessoas em sofrimento, garantindo, sem rodeios, suporte a quem precisa de força no enfrentamento dos dissabores do cotidiano.

A referência é a efeméride dedicada ao tema, amanhã, embora as dúvidas acompanhem várias auroras, trazendo a expectativa de nova jornada, junto com primeiros raios de sol, no caso de manhãs sem nuvens, como já vem ocorrendo às vésperas da Primavera.

Os conteúdos distribuídos pelos organizadores do movimento, visando a alegria de existir, buscam a conscientização geral em relação a qualquer sinal de desistência, além de atualizar, aos suicidários ou não, os fatores de risco para a escolha voluntária de antecipar o fim.

Seguem em anexo a desconstrução de mitos e a importância de cuidar de si e daqueles com quem se convive, visando reduzir o impacto das tristezas sempre à espreita, como sombras a acompanhar o viajante.

As estatísticas supõem desmesura, utilizando-se a reta razão para conter o aumento do número de 12 mil suicidas brasileiros e mais de um milhão em todo o mundo, em média anual estimada.

O discurso médico atribui quase 97% dos casos a transtornos mentais, como a depressão, seguida de comportamento bipolar, além do abuso de substâncias psicoativas causadoras de dependência.

Pode-se pensar o sacrifício de si mesmo como uma ação viciosa, tanto em meios quanto nos fins, pois não há virtude quando se sabe provocar o choro dos vivos, pelos condenados ao crepúsculo.

Exceto os crentes na prorrogação dos céus, oruns, paraísos e campos elíseos, os mortais têm como bem intermediário à felicidade, entre outros, a fruição do tempo, desde o nascimento ao óbito, restando viver cada dia sua proporcional agonia.

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