OPINIÃO
Editorial - Volante sem licor
Confira o editorial do Grupo A TARDE desta quinta-feira
Por Da Redação
Os primeiros 15 anos da Lei Seca merecem comemoração de quem preza a vida, pois o número de óbitos em acidentes de trânsito por ingestão de bebida alcóolica caiu 32% neste período.
Além de revelar a redução de três mortes entre cada dez do período anterior, a estatística mostra a capacidade dos gestores e da cidadania em buscarem soluções viáveis a fim de melhorar o convívio, evitando dor e sofrimento.
Os dados confiáveis, divulgados pelo reputado Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), produzem a projeção de maior controle dos motoristas nos próximos anos, em ampliação do grau de maturidade.
É razoável crer nesta tendência porque a divulgação da estatística pelos meios de comunicação incentiva pilotos inteligentes a largarem o hábito de molhar a garganta ao assumirem um volante.
Outra vitória a celebrar é a diminuição de feridos com maior gravidade, possivelmente devido à capacidade de reação rápida e veloz diante dos perigos quando aparecem de surpresa.
A interpretação refere a maior capacidade de exercício da liberdade, ao recusarem-se as inclinações dos apetites, a serem mais uma vez testados nestas festas joaninas.
O controle de si mesmo, simultâneo ao cuidado com os outros motoristas na pista, vem do desejo de tomar um delicioso licor, recusado em proporcional força de vontade porque reduz os reflexos.
Quem já está na estrada hoje, vai sabendo dos riscos para os sentidos, quando se “toma uma”, pois se as aparições do mundo já deixam dúvidas quando a mente está sossegada, muito mais inquietude produz ao bêbado.
O resultado induz a pensar o quanto podem os gestores e a cidadania, junto ao Poder Legislativo, ao aprovar o dispositivo de não permitir qualquer traço de ingestão no teste chamado de “alcoolemia”, impedindo o famoso “jeitinho”.
Antes de precisarem seguir uma legislação, brasileiras e brasileiros não devem perder de vista a oportunidade de educarem-se continuamente para tornarem-se moralmente mais desenvolvidos, em um bom comportamento nas pistas.
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