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Espaço do Leitor: Quem poupa o inimigo...

Publicado domingo, 04 de setembro de 2016 às 00:00 h | Atualizado em 04/09/2016, 13:48 | Autor: [email protected]

Meu avô já me dizia "quem poupa o inimigo, pela suas mãos morre", e todas vezes quando assistia aos filmes de faroeste, na minha juventude, o mocinho sempre atirava no bandido para matar, e até hoje, a frase "bandido, só morto" é sempre comentada. Até o ex-presidente certa vez disse que para se matar uma cobra tinha que cortar a cabeça. Não sou jurídico e não quero nem vou comentar o impeachment, pois, para os interessados, a imprensa está pronta para isso. Mas o presidente do Senado, para ser bonzinho e fazendo média com a ex e com a oposição, solicitar votação em separado para um tópico já incluído no artigo 52, ninguém engole nem vai digerir. Alberto Paim, [email protected]

Carta Magna maculada

O Senado, através de conchavos de seu presidente e alguns senadores, e com a complacência do presidente da mais alta corte do país, mostrou que não está ali para salvaguardar os interesses da nação. Qualquer leigo, ao ler o parágrafo único do artigo 52 da Constituição, entende que não pode haver perda de cargo sem a inabilitação a qualquer função pública. Impedida de exercer a presidência, a ex-presidente teria de ficar inelegível por oito anos, e a recíproca é verdadeira: como ficou livre para exercer função pública, e não houve comprovação de crime, o impeachment não deveria ter sido acolhido. O fatiamento do julgamento rasgou a Carta Magna. Ruy Barbosa, se vivo estivesse, se exilaria ex officio para um país que respeite as leis, a exemplo da Suíça. Vamos para frente! Carlos Alberto Azevedo Pimentel, [email protected]

O Brasil é uma piada

Acompanhei com interesse toda a movimentação do Congresso que culminou com o impeachment. Além das discussões, um dizendo tem crime, outro que não, assistimos a momentos de alta tensão, quando a coisa esquentou e os envolvidos quase vão às vias de fato. O presidente do Senado, ao discursar para apaziguar os ânimos, provocou confusão quando lembrou que ele próprio teria conseguido libertar o marido de uma senadora. Esta se sentiu ofendida, disse que era mentira e contestou o Renan. Muita falta de ética e de respeito ao eleitor, falta de técnica para que a sessão fosse conduzida com parcimônia. Louve-se o esforço do pessoal do PT tentando, por todos os meios, alguns inescrupulosos, livrar a Sra. Dilma da cassação do mandato. Mas a presidente foi defenestrada por 61 votos a 20. Mas, embora o art. 52, parágrafo único, da Constituição diga que o impeachment deve ser acompanhado da inabilitação para o exercício de cargos públicos por oito anos, o senhor presidente do STF, estranhamente, resolveu modificar esta determinação, e a Sra. Dilma poderá exercer qualquer cargo público, inclusive o de presidente, desde que seja eleita. Por isso que digo: o Brasil é uma enorme piada. roque oliveira, [email protected]

E Eduardo Cunha?

O ex-senador Gim Argello encontra-se preso desde abril. Sua prisão foi autorizada após os procuradores da Lava Jato terem colhido provas de que recebeu R$ 5 milhões em propina da empreiteira UTC, conforme delação premiada do dirigente Ricardo Pessoa. Delcídio do Amaral foi preso e perdeu o mandato por tentar atrapalhar as investigações. Na Papuda estão presos políticos e dirigentes empresariais ligados direta ou indiretamente ao PT. Lula já foi processado e está prestes a ser condenado. A presidente Dilma perdeu o mandato. Enquanto isso, o deputado Eduardo Cunha continua praticamente impune. É bom que se diga que seu afastamento da Câmara só foi decretado porque havia o risco de, numa viagem de Temer, ele assumir a presidência, o que seria um absurdo inaceitável e bizarro. A impressão que se tem é que, quando se trata de Eduardo Cunha, a coragem do STF arrefece inexplicavelmente. Djalma Eloy, [email protected]

Jogada

O novo governo terá que ter muito cuidado com o maquiavelismo petista de dividir para enfraquecer. A jogada política do ministro Lewandowski (ex-advogado do PT no ABC paulista e que foi indicado ao STF por esse partido) e do senador Renan Calheiros (indiciado em vários inquéritos e denunciado em vários processos, além de ter sido aliado de Dilma), em não cassar os seus direitos políticos, teve dois grandes objetivos. Primeiro, não afastá-la do cenário político. Segundo, enfraquecer a base aliada do novo presidente empossado. Nota-se que alguns senadores que votaram pelo impeachment acompanharam Renan Calheiros. Houve também mal-estar por parte de alguns senadores do PSDB, que ameaçaram deixar a base aliada. Fica o questionamento de Renata Lo Prete, comentarista da Globo News: essa manobra foi um gesto de misericórdia para Dilma ou uma blindagem para os políticos envolvidos na Lava Jato? Senhores parlamentares da base aliada do novo governo, agora é hora de união, pois o PT quer dividir para enfraquecer. Muita prudência e serenidade no atual momento político! Luiz Felipe Schittini, [email protected]

'Drª Internet' e hipocondria

O extraordinário desenvolvimento tecnológico aplicado à medicina mudou mais essa ciência e arte nestes últimos 50 anos do que nos cinco séculos precedentes. E ela segue um caminho sem volta em benefício da sofredora humanidade. Mas todo progresso traz seus malefícios, como é o caso da "Drª Internet": o abuso do computador por hipocondríacos tem sido bastante prejudicial para eles mesmos, que admitem que essa mania destrói a paz interior, atrapalha a convivência com amigos e acaba afetando o desempenho no trabalho, ainda que sem qualquer motivo. "O mais seguro meio de fugir ao perigo é conhecê-lo" - certíssimo, porém a "Drª Internet" não é ferramenta para tal desiderato. O médico especializado é o indicado. Lembrai-vos! Waldo Robatto, [email protected]

Curso paralisado

Gostaria de expressar meu profundo descontentamento com o curso de línguas estrangeiras ministrado pelo Núcleo de Estudos Canadenses (NEC) da Uneb, onde diversas turmas estão com as aulas paralisadas em função da greve dos professores, estes há meses sem receber o suado salário. Os alunos, muitos de baixa renda, ficam prejudicados por não poder prosseguir os estudos, não têm previsão de retorno e ficam desmotivados. Eles deixam o curso ou tentam outras opções que são bem mais caras. Quem não pode pagar fica à espera de que esse contratempo se resolver o mais rapidamente possível. Lucimário Ramos Oliveira, SALVADOR (BA), [email protected]

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