Estupidez

Ultrapassa a condição de absurdo o tráfico de animais silvestres, sinalizando a torpeza de caráter dos criminosos, ao exercerem a estupidez da força contra seres indefesos, gerando, por tabela, a ameaça de novas doenças nos próprios humanos sequestradores, por meio de infecções transmitidas pelas frágeis vítimas de inominável e atroz trapaça.

O contexto corrobora uma crença, segundo a qual, a natureza não consegue proteger-se das ações do Homem, mas sabe vingar-se, no caso em tela, bem representado o meio ambiente pelos moradores de habitats afastados das urbes, capazes de atualizar a potência de transmitir enfermidades, proporcionalmente ao processo de retirada involuntária de suas moradas nas florestas, nos riachos e nas cavernas.

Reportagem publicada n’A TARDE, edição de ontem, destaca a preferência das quadrilhas especializadas, ao aprisionarem as aves, transportadas em gaiolas sem espaço suficiente, sufocando-se umas às outras, em desespero aterrador para os plumados sencientes, em nível de estresse máximo.

Fica, assim, comprovado o possível desenvolvimento de agentes causadores de patologias, alcançando o número elevado de seis entre cada 10 males disseminados nas cidades, situando-se a Bahia como rota preferencial logística dos bandos de celerados impunes, por ficar a meio de caminho entre o Norte e o Sudeste do país.

Um exemplo corriqueiro é o do divertido papagaio, competente para repetir palavras, além de “dar o pé, louro”, como se costuma dizer, tornando-se, no entanto, perigoso em sua aparente inocência, uma vez transmitir clamidiose, gerando problemas respiratórios em seus receptadores, ao circularem pela casa, levando a peste à família, consumando-se a natural e involuntária “vingança”.

O cenário perturbador resulta em endemias e epidemias, chegando ao grau extremo da pandemia, como ocorreu na circulação do sars-cov-2, amplamente vitorioso sobre o sistema imunológico humano, inadaptado para o enfrentamento da Covid-19, como se verificou em todo o planeta.