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EDITORIAL

Futebol, desporto e mercado

Confira o Editorial de hoje do Jornal A TARDE

Por Editorial

04/02/2025 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Futebol, desporto e mercado
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O recente episódio belicoso entre torcidas uniformizadas, ocorrido em Pernambuco, magoa ferida difícil de cicatrizar no contexto de uma sociedade marcada pela violência maior das desigualdades de longa data. O cenário, como de praxe, revela juventude incapaz de aderir às dinâmicas da educação formal e do mercado de trabalho, buscando no escape da paixão clubística a chance para uma vida esvaziada de sentido.

Por outro lado, há quem se manifeste como se magistrado fosse, vociferando sentenças a partir de acusação e condenação simultâneas dos bandos desatinados. Os ataques são desproporcionais, chegando a óbito dos “diferentes” às tribos agressoras, justificando ações punitivas, como a do governo pernambucano, ou inibidoras, como a “torcida única”, na Bahia.

Perdeu-se o tesouro do ideário desportivo, quando ajudava a educar, ensinando lições de não trapacear, aprender nas derrotas e confraternizar, vencidos e vencedores.

Em vez de instruir para a boa conduta, o futebol passou a incentivar o ódio, exterminando-se a “torcida mista” dos tempos idos de adeptos de clubes divergentes compartilharem o cimento, hoje consagrado à aposta e ao etilismo.

Vale a pena pensar nas razões para a mudança de perfil, se há outras referências negativas, além dos “baderneiros”, servindo de pista coincidências factíveis, sem intenção de novos culpados.

O mau exemplo das primeiras batalhas sangrentas “Ba-Vi” nasceu na virada do século, a partir da ação violenta da transferência do mando de campo da final do campeonato de 1999, rasgando-se o regulamento.

Muito antes, ao inaugurar-se a Fonte Nova, em 1951, os jogos entre Bahia e Vitória ganharam cobertura em tom incisivo, ao descobrir-se na difusão da intriga, hoje fora de controle, a caudal de vendas, audiência e publicidade.

Já há pesquisa científica suficiente para municiar boa investigação, talvez falte consultar teses e livros, visando construir um mutirão dos grupos sociais envolvidos, cada qual contribuindo com seu mea-culpa a fim de recuperar a paz.

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