EDITORIAL
Genocídio e corrupção
Confira o editorial desta segunda-feira, 5
Por Da Redação

Crianças indígenas expelindo vermes pela boca, antes de ir a óbito, sem medicamentos, enquanto eram desviadas verbas para compra de remédios é o novo escândalo de genocídio e corrupção do atual governo em declínio.
A Polícia Federal e o Ministério Público apuram crimes por fraudes na aquisição dos produtos farmacêuticos, por meio da Operação Yoasi, nome da mitografia yanomami para “responsável pela morte do mundo”. O fornecimento a menor dos vermífugos teria deixado mais de 10 mil pequenas e pequenos integrantes da etnia desassistidos, conforme constataram preliminarmente os responsáveis pela investigação.
O resultado do descalabro foi a alta de infecções e manifestações de formas graves de verminose, tendo como unidade do Ministério da Saúde envolvida na deliberada omissão o Distrito Sanitário Especial Indígena. Teriam os servidores lotados no setor dever de usar recursos na salvaguarda da saúde dos povos originários, agravando-se a omissão por tratarem-se as vítimas de indefesos.
Uma intervenção urgente foi recomendada, acrescida do dever de apurar irregularidades e normalizar, com brevidade, o atendimento. O escabroso episódio remete, necessariamente, à possibilidade de ter a política de acolhimento a esta população carente sido negligenciada intencionalmente, ao verificar-se desabastecimento generalizado e proposital, pois havia recursos suficientes.
É crime contra a humanidade se a empresa contratada cometeu o ilícito de persuadir os agentes por meio do pagamento de valores à parte, método tipificado por propina, a fim de conseguirem recibos e documentos atestando a falsa entrega.
Identificaram os homens da lei o sórdido ardil utilizado para driblar a confissão da falcatrua, pois os valores apontados em notas fiscais eram pagos mesmo sem remessa dos itens previstos em contrato, sendo o montante rateado entre os corruptos.
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