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OPINIÃO

Justiça climática

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

13/11/2024 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Justiça climática
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A quem cabe financiar projetos emergenciais de enfrentamento dos desequilíbrios climáticos, à luz da justiça, e quais os meios de compensação, compõem o tema principal da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP29, em Baku, no Azerbaijão, entre Europa e Ásia.

Os antagonismos das superpotências Estados Unidos e China são provisoriamente suspensos, quando se trata de esvaziar o debate, em lamentável escolha de ausentarem-se do simpósio, fazendo ouvidos moucos para apelos dos quatro cantos.

Ao elegerem o presidente Donald Trump, os estadunidenses têm agora de suportar a consciência da instabilidade, incluindo a do próprio território “americano”, dado o provável abandono do Acordo de Paris, pelo qual combinaram resistir.

O Brasil, representando a força de Atlas, a carregar o planeta, deu exemplo, ao anunciar a redução de emissões de gás estufa em até 67%, considerando nos cálculos precisos, o período iniciado em 2005, com projeção de 30 anos depois, muito além dos 59% propostos inicialmente.

O presidente do congresso e ministro da Ecologia “azeri”, Mukhtar Babayeb, ex-diretor da estatal petroleira do país, assumiu uma conduta interrogativa ao questionar por que há hesitação ou pouco empenho dos poluentes se também sofrem danos com sua prática viciosa.

Como o modelo econômico vigente tem o apego de grande parte do mundo submetido à mecânica de acumulação do capital, uma das saídas viáveis é tentar despertar pelo viés monetário ao criar-se um mercado de créditos de carbono administrados pelas Nações Unidas.

Ao fazer da redução de gases um bom negócio, o mecanismo vai incentivar o pagamento de cada tonelada de dióxido removida da atmosfera ou suprimida das chaminés de fábricas e descargas de veículos, trocando-se a combustão por eletricidade e energias limpas.

Embora os negacionistas não percebam qualquer alteração, os cientistas admitem ter o aquecimento global aumentado em 1,5º. centígrado antes de completar-se o primeiro quarto do século XXI: o futuro sombrio já chegou.

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