EDITORIAL
O Brasil do cinema
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta quarta-feira, 17
Por Editorial
O cinema brasileiro sai fortalecido com duas leis sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao garantir as “cotas de tela” nas sessões em todo o País, além de incluir a TV paga, avançando na defesa da produção nacional.
Os investidores em salas de exibição cinematográfica terão agora de colocar em cartaz um número mínimo de filmes produzidos no Brasil, representando a vitória de antiga luta dos cineastas, com repercussão positiva na soberania.
A fiscalização ficará a cargo da Agência Nacional de Cinema (Ancine), com punições variando em multas de até R$ 2 milhões para quem insistir no descumprimento das novas diretrizes.
Não menos importante é a garantia de acolhimento do portfólio de produtos audiovisuais nos canais por assinatura, sabendo-se a escalada deste mercado, devido às novas tecnologias, resultando em clientela crescente do segmento.
Dentro do escopo de “união e reconstrução”, lema do governo federal, com o objetivo de proteger as manifestações culturais genuínas, as regras produzem a sensação de retomada do estímulo ao maior consumo de obras brasileiras.
A reviravolta na política voltada para o setor fica evidente quando se registra o cancelamento equivocado das medidas protetivas, em decretos anteriores, permitindo a hegemonia de conteúdos estrangeiros, tendendo à exclusividade.
O êxito resultante das reservas obrigatórias foi viabilizado sem sequer um veto, conforme trabalho desenvolvido pela Casa Civil, junto ao Ministério da Cultura, sem hipótese de dúvida, como se pode verificar no Diário Oficial da União.
Por outro viés, a atualização da potência das criações voltadas para o cotidiano da cidadania tem a força de reduzir o impacto de ideologias estranhas ao convívio de cinéfilas e cinéfilos, cerrando-se as portas à “pirataria”.
Para justificar as ações coordenadas entre os poderes legislativo e executivo, basta certificar-se das bilheterias atraídas pela qualidade de longas e curtas metragens da arte admirada desde antes do gênio de Glauber Rocha.
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