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EDITORIAL

O capelo e a melanina

Editorial de A TARDE desta sexta-feira, 24

Redação

Por Redação

24/10/2025 - 0:54 h
UFBA
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A coincidência entre melanina na epiderme e exclusão acadêmica gerou uma nova perspectiva antirracista na simples visada sobre resultados de pesquisa do reputado British Council. Organizado por esta organização internacional de cultura e educação ligada ao governo do Reino Unido, o estudo revelou três negros em cada cinco brasileiros parando de ir à escola antes de chegar ao ensino superior.

As porcentagens são as seguintes: 63% pretos ou pardos contra 33% de brancos interrompem no ensino médio; 39% dos abandonos por restrição financeira; cuidar de irmãos e filhos e problema de transporte, 19%.

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A “herança maldita” dos 400 anos de escravidão rebate no convívio com situações de violência e participação na força de trabalho informal, sinalizadores do sofrimento, como “pelourinhos” contemporâneos. A enquete ouviu 3.248 jovens de 16 a 35 anos em todas as regiões do país; do total, 42% se declararam brancos, 36% pardos e 19% pretos.

O senso crítico geral permite “ticar” a opção “a educação no Brasil não tem boa qualidade”, alcançando 51% das respostas, subindo para 68% ao limitar-se às comunidades e 58% verificando-se o universo da juventude periférica.

Embora a população negra represente 55,5% dos brasileiros, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, os afrodescendentes não seguem, em média nacional, esta fração quando se trata de pôr o capelo e receber o diploma.

O trabalho da instituição britânica não separou resultados por categoria ou outra subdivisão, senão teria de registrar ao menos uma grata exceção. Trata-se da Universidade Federal da Bahia, onde já se divulgou patamar próximo da proporção epidérmica do estado, com 75% de maioria preta e parda na graduação, com projeção de impulsionar os 33% de formandos. O exemplo ufbiano, verificado em escalada no período iniciado em 2014, poderia repercutir nacionalmente se a meta é ampliar o acesso dos pretos à colação de grau.

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