OPINIÃO
O cinema faz escola
Confira o editorial deste domingo
Por Editorial
A indicação de “Ainda estou aqui” a três categorias do Prêmio Oscar, equivalente a uma Copa do Mundo da sétima arte, respalda a iniciativa do governo da Bahia, seguido pelo Piauí, de reforço do ensino-aprendizagem legado em educação não-formal pela obra dirigida por Walter Salles.
Estão chegando às mãos de estudantes da rede pública estadual baiana 5 mil livros do escritor Marcelo Rubens Paiva, servindo a publicação de mesmo nome do filme como referência para o roteiro internacionalmente reconhecido pela qualidade em gênero épico, ao mesmo tempo, denúncia do obscurantismo.
Serve, assim, o cinema, de meio didático, ao transmitir, embutido ao sucesso mundial, os valores básicos do Estado Democrático e de Direito, destacando-se o amplo acesso à defesa, a presunção de inocência e a moderação, simultaneamente ao contraste da identificação de frutos podres da semeadura de covardia e impunidade.
Ao desnudar, filme e livro, o crime flagrado durante a ditadura, urdida em 1º de abril de 1964, produzem os heróis das artes e a sensação do imperativo bálsamo de sem, de ansiedade, deter a atual “ratraria”, saudosa de feras diabolices.
No texto e no audiovisual, é possível à juventude exercer a inteligência para verificar se há razões para executar uma pessoa por pensar diferente dos ocupantes do poder, levando em conta não haver pena de morte, tampouco chance de defender alguém almageado, encarcerado, torturado, como era comum.
Estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello, a história, baseada em fatos reais, costura o tempo presente, no qual conspiram golpistas, ao tecido esgarçado pela covardia de uns poucos coturnos em sacrifício de milhares a perder a conta.
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