EDITORIAL
O clamor por justiça
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
A vontade de praticar justiça proporcional e equitativa vem ampliando um movimento mundial de pressão por reduzir as desigualdades, destacando-se negativamente o Brasil por ser péssimo exemplo de concentração de riquezas.
Já passou da hora de se promover um debate célere, amplo e responsável para corrigir distorções abismais, tendo como eixo temático central o fato do empobrecimento de multidões enquanto 300 bilionários parasitam a sociedade.
A taxação em curto prazo de fortunas e altas rendas é o método razoável proposto pela campanha “Tributar os Super-Ricos”, ao demolir argumentos falaciosos baseados no falso mérito de quem se habituou a sugar sem retribuir.
Já chega a 70 o número de entidades e organizações sociais engajadas no movimento cívico, com o objetivo de interromper absurdo inaceitável de trabalhadoras e trabalhadores pagarem maiores tributos, em pleno descalabro.
Estudos apontam a escalada de uma mórbida obesidade monetária dos cinco mais aquinhoados em 51% desde 2020, com pandemia e recessão, enquanto 129 milhões de brasileiros perderam seus já escassos caraminguás.
Embora a reforma tributária aprovada em 2023 pavimente parte da estrada rumo ao destino justo, é preciso desonerar quem tem carregado os ricos nas costas, ao sangrarem diuturnamente suas economias para engorda de poucos.
A luta salta as fronteiras do território nacional para contagiar outros países, à luz de confirmar quanto se pode avançar nos ajustes da balança de rendimentos, erguendo bem alto o presidente Lula o estandarte desta nova era.
O clamor por cooperação exige financiarem os países ricos medidas contra a pobreza, devolvendo parte do resultado de pilhagens seculares de invasões militares, além de ficarem responsáveis por bancarem efeitos da crise climática.
França e Espanha já assinaram suas confissões de culpa, admitindo a necessária reparação, crescendo o isolamento dos Estados Unidos, resistentes a reduzir o abismo entre as potências industrializadas e os países espoliados.
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