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EDITORIAL

O contágio da “dose zero”

Confira o editorial de A TARDE desta terça-feira

Por Editorial

22/07/2025 - 4:25 h
Vacinação no Brasil
Vacinação no Brasil -

O esforço de articulação dos entes federativos, coordenada pelo governo central, e os investimentos em imunizantes, não têm sido suficientes para recuperar na cidadania brasileira a boa vontade na proteção das crianças.

Esta é uma linha de investigação possível para entender o recuo registrado em 2024, quando o total de infância não-imunizada chegou a 229 mil, mais que duplicando os 103 mil registrados em 2023, rebaixando o Brasil à última divisão.

Agora, o país está em 17º lugar entre os de menor cobertura no mundo, produzindo a necessidade de se buscar novas soluções para conter a escalada negativa de “dose zero”, referindo o contingente de cadernetas sem registro.

A estatística, divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), produz justa preocupação nos gestores responsáveis, pois a tendência pode provocar a volta de doenças.

Recortando na América Latina, 17 de cada 100 desprotegidos são do Brasil, superado pelo México, seguindo as duas nações uma cadência planetária: 14,3 milhões de “dose zero” e 5,7 milhões, sem completar o número de doses.

Uma ressalva pode ser alegada: houve mudança na metodologia, excluindo um fator de avaliação, voltado para reduzir o efeito no cálculo de inconsistências, gerando esta alteração uma redução na estimativa de cobertura.

O cenário geral tem outra opção para análise qualitativa de viés atenuante, como o contingente de 171 mil crianças a mais vacinadas em 2024 e 1 milhão completando o esquema de três doses da DTP, a chamada “tríplice”.

Os dois “poréns” bastam, no contrapé, para elaboração de leitura mais ampla, sinalizando a cisão de duas humanidades, a capaz de recuperar ou manter a confiança na ciência e outra, aparentemente desconfiada do êxito das vacinas.

Contribuem para este “racha” governos como o dos Estados Unidos, ao abandonar o apoio aos cientistas e instituições de saúde, e a disseminação de conteúdos falsos, com o beneplácito das empresas gigantes de tecnologia.

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