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EDITORIAL

O fim do “cabresto”

Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta quinta-feira, 1

Editorial

Por Editorial

01/02/2024 - 5:00 h
Imagem ilustrativa da imagem O fim do “cabresto”
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A prática do “voto de cabresto”, há mais de século, desde as primeiras eleições da chamada “República Velha”, recebeu boa bordoada com a condenação das Lojas Havan a pagarem R$ 85 milhões por coagirem seus colaboradores.

A pá de cal da medonha tática de forçar o eleitor ao candidato da preferência do patrão marcou a metamorfose da democracia brasileira, na luta por superar o controle das urnas por parte dos “coronéis”, em figura hoje disfarçada.

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A sagacidade de lideranças passíveis de psicodiagnóstico, no entanto, acompanha a ironia, pois a denominação refere uma correia capaz de firmar a cabeça do animal não-humano a fim de serem dirigidos seus movimentos.

A 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis agiu com destemor e equilíbrio, alcançando suficiente meio-termo, ao fazer justiça ao país, arranhado na instituição mais preciosa devido aos ímpetos descontrolados do senhor Hang.

Ao persuadir seus subalternos a sufragar o nome do ex-presidente para a abortada reeleição, o empresário cavou a própria cova e a dos adeptos desta infame artimanha, entranhada na história da política, mas agora em estertores.

Agiu proporcionalmente à independência garantida no artigo 127 da Constituição Federal o Ministério Público do Trabalho, ao propor a ação em irrefutável defesa do regime democrático, diante da desfaçatez do contexto.

O resultado obtido pode servir de lição a outros saudosos das tramas de bastidores, pois há um limite a ser observado entre campanhas eleitorais e o envolvimento obrigatório de empregados, sob a falsa capa de “atos cívicos”.

Em gesto de tacanhez e ousadia, a um só tempo, o condenado deixou provas, possivelmente certo da impunidade, na hipótese não confirmada de vitória do perfil de sua iguala, iniciando-se, ao invés, investigações de ilícitos.

Trabalhadoras e trabalhadores testemunharam ter o empregador determinado a resposta a enquetes distribuídas pelos computadores, informando a intenção do sufrágio, ameaçando com fechamento de lojas, sem noção do absurdo.

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