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EDITORIAL

O Planeta Juliana

Confira o editorial de A TARDE desta sexta-feira

Por Editorial

27/06/2025 - 4:25 h
O corpo da jovem foi resgatado a cerca de 600 metros abaixo da trilha
O corpo da jovem foi resgatado a cerca de 600 metros abaixo da trilha -

Juliana Marins, 26 anos, derramava alegria; vivia e deixava viver; independente, recusou ajuda financeira do pai ao escolher a próxima aventura, sem saber ter sido a última, num vulcão da Indonésia: confiante na vida, permitiu-se ao mundo surpreendê-la.

“Antecipar o mal” a fim de evitá-lo é um conselho de 2 mil anos, quando também se investigou detidamente a “brevidade da vida”, ambos os temas emergindo necessariamente de uma tragédia capaz de despertar corações ressecados.

Que sirva de alerta: tudo errado na programação e também no suporte inadequado após o ocorrido; resgate baseado em excesso de confiança sem uma boa razão enquanto faltavam conhecimento e compromisso.

Não à toa o caso criou comoção, uma vez conter ingredientes da receita de notícia persuasiva: a demora no socorro, quatro dias, pode ser a boa pista para todos quantos gostem de aventura investigarem as condições do destino.

Indonésia. A pessoa já pode começar por “onde é”. Uma trilha em um vulcão. “Vulcão na Indonésia”. Alerta total. Agravante: “cume do vulcão”. O cume é o lugar mais alto, mais difícil, o cansaço seria fácil de prever.

E o piso, escorregadio como areia, areia movediça? Não poderia saber sem pesquisar a Grande Brasileira, apreciadora do melhor da vida – não se entregou, ao perder-se da trilha, por atitude iníqua do guia.

Há outros envolvidos, por omissão ou interesse sigiloso: o tom animador de conteúdos de turismo sonega ao jornalismo fazer seu trabalho, tornando-se refém aquele diário a quem deveriam todos consultar.

Para equilibrar o “jogo” de informações excessivamente promocionais, poderia-se criar um banco oficial de registros, por meio dos quais seria construído um repositório de ocorrências.

Vale acrescentar a força do acaso e da má sorte, dimensões místicas as quais a consciência não alcança, restando guardar na memória a imagem sorridente de uma “artista da natureza”; talentosa para doar-se a paisagens deslumbrantes porque o planeta era ela: Juliana.

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