EDITORIAL
O presente de viver
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
A expectativa de um número crescente de vidas salvas ganha alento com a autorização eletrônica de doação de órgãos, ampliando a velocidade dos trâmites necessários.
O número atualizado é o de 42 mil pessoas na fila de transplantes de órgãos em todo o Brasil, das quais 3 mil aguardam na Bahia.
O método salvador corresponde ao avanço das tecnologias, embora o apelo afetivo seja o tema predominante na campanha “Um Só Coração: seja vida na vida de alguém”.
Chamada pela sigla Aedo, o sistema não apenas pode tornar mais ágil o processo caracterizado por extrema generosidade como também pode aumentar a confiabilidade do órgão compatível com o organismo de quem vai receber a doação.
A estratégia favorece também o livre arbítrio do protagonista da oferta, pois registra e formaliza a sua vontade por meio de um documento oficial, elaborado digitalmente em cartório de notas.
A luminosa iniciativa partiu do Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil e teve a chancela do Conselho Nacional de Justiça – CNJ. Basta acessar a plataforma (www.aedo.org.br), preencher o formulário, selecionar o cartório de preferência e agendar uma videoconferência. Durante o procedimento, a pessoa declara sua identidade e sua vontade de ser doadora.
Entre as práticas virtuosas a destacar, estão a facilidade, além de o processo ser inteiramente gratuito em um gesto autêntico e único.
No entanto, o ganho maior é mesmo a expectativa de reduzir a negativa ou dificuldade imposta por familiares, vencendo-se assim a forte e enganosa resistência na cessão de uma parte do ente querido – mas infelizmente já em óbito.
Com o cadastro eletrônico recém-criado, as famílias poderão persuadir-se do desejo da falecida ou falecido, ajudando assim a manter vivas aquelas em condições de resistir com a aquisição do órgão em sua plena utilidade.
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